João Carlos Po Jorge volta para reorganizar a LAM

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A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique nomeou o engenheiro João Carlos Po Jorge para as funções de diretor-geral da empresa, cargo que substituirá a liderança da Comissão Executiva que foi demitida no início do mês, face à situação de descontrolo que se vivia na companhia aérea moçambicana.

Além de um diretor-geral, a nova Direção da LAM passa a ser composta por diretores de função, nomeadamente, nos sectores de Operações Técnicas, Finanças, Comercial, Recursos Humanos, Sistemas de Informação e Aprovisionamento.

A decisão da empresa resultou de uma deliberação tomada nesta segunda-feira, dia 23 de julho, em sessão extraordinária da Assembleia-Geral de acionistas, convocada especificamente com essa ordem de trabalhos.

Embora nada mais tenha sido adiantado, entende-se que João Carlos Po Jorge, que presentemente desempenha funções na empresa aérea como assessor do Administrador Financeiro, irá liderar uma importante reestruturação na companhia aérea de bandeira de Moçambique.

João Carlos Po Jorge foi responsável por toda a área de manutenção das Linhas Aéreas de Mo­çambique (LAM). Referido entre os trabalhadores da companhia pela sua reconhecida capacidade técnica, o engenheiro mecânico João Carlos Jorge trabalhou vários anos na Ethiopian Airlines, a maior companhia aérea do continente africano. Foi representante da Boeing para África, com base na cidade de Harare, no Zimbabué. É especialista em motores, nomeadamente da Pratt & Whitney, cuja fábrica também representou no continente africano.

Entrou na LAM em 2015, na administração de Marlene Mavane, tendo se destacado pela liderança na reorganização da área de manutenção da companhia aérea, incluindo a reposição e armazenamento de sobressalentes, com melhorias operacio­nais bem visíveis.

O seu afastamento, no ano passado, foi atribu­ído a orientações suas no sentido do cancelamento de compras para a área de ma­nutenção, nomeadamente na reposição de stocks crí­ticos, que geravam ‘comissões’ para responsáveis da empresa, segundo referiu então a imprensa moçambicana. Um conflito que não conseguiu ser sanado dada a intransigência de João Carlos Po Jorge em fazer cumprir um esquema de desempenho baseado nas boas práticas que não agradou a quem detinha o controlo da empresa aérea moçambicana e que foi mal interpretado pelos acionistas da companhia.

 

  • Foto © Jornal ‘O País’/Maputo




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