Recém-introduzido na Marinha do Japão, mas ainda em fase de certificação, o avião de patrulhamento e vigilância marítima Kawasaki P-1 efectuou esta semana a sua primeira viagem internacional, apresentando-se no festival RIAT “Royal International Air Tattoo”, em Inglaterra. Segundo os analistas internacionais, não se trata apenas um simples ‘tour’ da aeronave japonesa. A intenção é procurar países interessados em comprar o P-1, que surge como uma das opções mais avançadas neste segmento e com um preço competitivo em relação ao seu concorrente mais directo, o Boeing P-8 Poseidon (versão militar do B737) avaliado em 256 milhões de dólares, mais do dobro do valor do avião japonês, anunciado por cerca de 140 milhões de dólares.
A Kawasaki conseguiu construir o P-1 praticamente sem ajuda estrangeira. Os motores foram desenvolvidos pela empresa japonesa IHI Corporation, assim como o radar, fornecido pela Toshiba. A Mitsubishi também desenvolveu uma série de sistemas para a aeronave e o aparelho detector de submarinos foi criado pela Shinko Eletric, outra companhia tecnológica nipónica. O novo avião da Kawasaki tem autonomia de 8000 km e capacidade para voar durante quase 20 horas sem precisar de reabastecer. O modelo é operado por 13 tripulantes, entre pilotos e operadores dos diversos equipamentos a bordo. O P-1, segundo dados oficiais, tem 38 metros de comprimento e 35,4 m de envergadura. A aeronave atinge a velocidade máxima de 996 km/h e pode descolar com um peso máximo de 80.000 kg, sendo 9000 kg de armamentos. O Japão, até o momento o único cliente do avião, planeia adquirir 70 unidades do Kawasaki P-1. Destina-se a substituir os turbo-hélices Lockheed P-3 Orion, que serviram o país por mais de 30 anos.
Enquanto isso o Brasil comprando sucata dos EUA, os P-3 😛