O Grupo LATAM Airlines teve no primeiro trimestre deste ano um prejuízo líquido de 2,12 mil milhões [bilhões no Brasil] de dólares norte-americanos.
O relatório do exercício do maior grupo de transporte aéreo da América Latina, nos primeiros três meses de 2020, assinala uma queda enorme nos ganhos de capital, devido à crise provocada pela pandemia do covid-19, que continua a assolar diversos países mundiais, agora com mais incidência na área geográfica onde a LATAM trabalha.
Embora tenha reduzido sua oferta de voos devido aos primeiros efeitos da crise, a o grupo aéreo apresentou uma subida de 17% no seu resultado operacional – explicado principalmente pelo corte de despesas com pessoal, combustível, serviços de passageiros, leasings dos aviões e tarifas aeroportuárias, nomeadamente de aterragem.
Uma nota aos acionistas, que acompanha o relatório de contas do primeiro trimestre, assinala que a LATAM Airlines está a avaliar as suas necessidades de frota para os próximos anos.
Em comunicado divulgado na última terça-feira, dia 26, a LATAM solicitou proteção contra credores num tribunal de comércio de Nova Iorque (EUA). Neste pacote colocou as suas subsidiárias no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos. As afiliadas na Argentina, Brasil e Paraguai não foram incluídas no documento (LINK notícia relacionada).
A LATAM Airlines tem uma afiliada no Brasil que é a maior companhia nacional de voos para o estrangeiro. Na quarta-feira seguinte o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou ao jornal ‘Folha de São Paulo’ que a companhia tinha iniciado uma nova negociação com os sindicatos dos trabalhadores de terra “para reduzir o número de funcionários da companhia aérea e se adequar à queda brusca de demanda resultante da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Além das restrições de viagens relacionadas com a pandemia em todo o mundo, o Grupo LATAM tem a sua atividade muito afetada pelas medidas de prevenção tomadas pelos diversos países onde operam os seus aviões. A Argentina suspendeu todas as viagens aéreas por sete meses até setembro, enquanto a Colômbia restringiu os voos por quatro meses até o final de junho e o serviço internacional por seis meses até o final de agosto. O Peru não estabeleceu uma data clara para suspender as restrições de viagens domésticas e internacionais. E nesta semana os EUA proibiram o tráfego de passageiros de e para o Brasil.