A Lufthansa anunciou nesta sexta-feira, dia 23 de agosto, que vai prolongar a suspensão dos voos para Beirute (Líbano), até 30 de setembro, e até 2 de setembro para Telavive (Israel) e Teerão (Irão), face ao risco de agravamento do conflito na região.
Já os voos para Amã, na Jordânia, e Erbil, no Iraque, vão ser retomados em 27 de agosto, acrescentou o grupo aéreo alemão, esclarecendo que vai ser utilizado um “corredor no norte do espaço aéreo iraquiano” para chegar a Erbil.
Na quarta-feira, dia 21, o exército israelita confirmou ter efetuado “um ataque aéreo” no sul do Líbano que matou um dirigente das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, o braço armado da Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.
Tratou-se da primeira vez desde o início do fogo cruzado transfronteiriço entre as forças de Israel e do movimento xiita libanês Hezbollah, há pouco mais de dez meses, que foi confirmada a morte de um elemento relacionado com o partido de Abbas.
A partir de Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia ocupada, um membro do comité central da Fatah afirmou na quarta-feira que o “assassinato” de Khalil Maqdah era “mais uma prova de que Israel quer incendiar a região e mergulhá-la numa guerra total”.
Nas últimas semanas, muitos países apelaram aos seus cidadãos para que abandonassem o Líbano, onde está sediado o Hezbollah, aliado do Hamas.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro passado, o movimento xiita libanês Hezbollah (pró-iraniano) e os seus aliados, incluindo o grupo islamita palestiniano Hamas, têm reivindicado a autoria de ataques contra Israel a partir do sul do Líbano, mas a Fatah não se tem associado a esta vaga de violência.
O exército israelita tem retaliado com raides dentro do território libanês com o intuito de visar, em particular, dirigentes do Hezbollah.