Mais um aval do Estado para a TACV/Cabo Verde Airlines

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O Governo da República de Cabo Verde aprovou nesta sexta-feira, dia 2 de dezembro, mais um aval do Estado, desta vez para um empréstimo de 2,2 milhões de euros, solicitado pela transportadora aérea TACV, para apoiar a tesouraria e continuar as operações e atividades previstas para este ano.

Segundo a resolução governamental, a companhia Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), também designada por Cabo Verde Airlines, recorreu a um empréstimo bancário junto da Caixa Económica de Cabo Verde (CECV), no montante de 250 milhões de escudos cabo-verdianos (2,2 milhões de euros) “para apoio à sua tesouraria permitindo a continuidade das operações e atividades previstas para o corrente ano de 2022”.

“Para a realização desta operação financeira, o referido banco solicitou o aval do Estado como garantia do empréstimo e condição indissociável à concretização do referido financiamento”, lê-se na resolução publicada em Boletim Oficial, indicando que o prazo da operação é de quatro anos.

“O Estado de Cabo Verde na qualidade de acionista maioritário e perante o papel relevante que os TACV desempenham na dinâmica da economia nacional, nomeadamente, a nível do turismo e comércio, reconhece a manifesta importância em apoiar a empresa na mobilização destes recursos financeiros, através da concessão deste aval”, justificou ainda o executivo.

A mesma fonte referiu ainda que para fazer face às necessidades de financiamento apresentadas no seu Plano de Retoma e Estabilização, a empresa tem recorrido também a outras fontes para captação de recursos, como o crédito bancário.

Em fevereiro deste ano, o Governo cabo-verdiano tinha atribuído outro aval para um empréstimo de 1,5 milhão de euros à TACV, face a “necessidades de emergência”, como o pagamento de salários.

Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines, nome comercial da companhia) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).

Entretanto, a companhia foi renacionalizada em julho de 2021, alegando vários incumprimentos na gestão, tendo retomado os voos apenas em dezembro do ano passado.

No parlamento cabo-verdiano está a decorrer uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à privatização (2019), renacionalização (2021) da TACV e à saída da companhia do mercado doméstico (2017).

O Estado cabo-verdiano vai injetar anualmente mil milhões de escudos (9,1 milhões de euros) na TACV nos próximos três anos, para garantir a estabilidade e recuperação da companhia aérea, antes de a reprivatizar em 2024, anunciou em setembro o ministro Carlos Santos.

 

  • Texto distribuído pela agência portuguesa de notícias LUSA

 

 

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