A Embraer inaugurou na terça-feira, dia 20 de Maio, na cidade de Gavião Peixoto, Estado de São Paulo, o hangar onde será instalada a linha de montagem final do jacto de transporte militar KC-390, um evento que contou com a presença da Presidente da República Brasileira Dilma Rousseff e do Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin.
Neste evento foi assinado o contrato programa entre a Embraer – Grupo Aeroespacial Brasileiro e o Comando da Aeronáutica das Forças Armadas Brasileiras para a aquisição de 28 aeronaves ao longo de um período de 10 anos, com a primeira entrega programada para 2016. Além da entrega dos aviões o contrato prevê o fornecimento de pacotes de suporte logístico, que incluem peças sobressalentes e manutenção com um valor total de 7,2 mil milhões de reais, cerca de dois mil milhões de euros.
Este projecto conjunto da Força Aérea Brasileira com a Embraer começou a ser preparado em 2009, e o primeiro avião de testes deverá sair daquele complexo industrial ainda este ano.
Neste projecto estão envolvidos 1500 colaboradores directos da Embraer e cerca de 50 outras empresas subcontratadas, entre elas a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal (na qual o sócio maioritário é a Embraer com 65% das acções), situada em Alverca e onde são fabricados três importantes elementos do novo KC390: a fuselagem central, os ‘sponsons’ e os lemes de profundidade.
A Embraer Portugal é outra empresa do maior grupo aeroespacial brasileiro e está situada na cidade de Évora, junto do aeródromo local.
Na linha de montagem, em Gavião Peixoto, está já o primeiro KC-390 de testes que se encontra na fase de montagem estrutural.
Este avião militar multiuso tem na sua génese um potencial camaleónico, o que o torna bastante competitivo, perante a concorrência norte-americana e europeia. Disfarçado de avião de transporte esta aeronave pode levantar e pousar em pistas pequenas, realizar missões de busca e salvamento, reabastecer aeronaves em voo, lançar pára-quedistas, e voar em condições extremas, sobre os pólos ou desertos.
O alcance operacional desta aeronave é impressionante como se pode ver por este gráfico da Embraer:
Esta é mais uma parceria de sucesso onde técnicos da Embraer trabalharam de perto com a Força Aérea Brasileira, tal como foi feito com o Tucano, um sucesso de vendas em todo o mundo. No estudo que foi feito, a Embraer espera que o mercado internacional procure até 700 aeronaves com estas características nos próximos 20 anos.
Por enquanto existem 32 contratos de intenções de venda fora do Brasil. Portugal é um dos países apontados para a aquisição de seis unidades, mas ainda nada está decidido, conforme noticia da ‘NewsAvia’ a 9 de Abril passado.