Mário Chaves, ex-piloto da TAP Air Portugal, onde atingiu a posição de comandante na frota de Airbus A320, e que nos últimos anos esteve como vice-presidente da Cabo Verde Airlines e diretor de operações do Grupo SATA (SATA Air Açores e Azores Airlines), vai ocupar as funções de diretor-geral da Portugália Airlines, companhia subsidiária da TAP, a partir do próximo dia 1 de março.
A notícia foi divulgada na manhã desta terça-feira, dia 7 de fevereiro, pelo ‘Jornal de Negócios’ que cita uma comunicação interna da Comissão Executiva da TAP.
Mário Chaves saiu da TAP para trabalhar no Grupo Icelandair, onde ascendeu a vice-presidente do grupo islandês de aviação comercial. Através dessa ligação esteve à frente da fase de privatização da TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde (companhia rebatizada de Cabo Verde Airlines), antes da pandemia e da companhia africana reverter novamente para o controlo do Estado de Cabo Verde. Até há poucos dias desempenhou funções no Grupo SATA, onde ocupava funções de administrador operacional do grupo e accountable manager, sendo responsável pela rede, pelas operações das duas companhias aéreas e pelo handling [assistência em terra].
“Após a conclusão do processo de seleção interno e externo, a Comissão Executiva decidiu nomear Mário Chaves para o cargo de diretor-geral da Portugália a partir de 1 de março de 2023”, lê-se na nota enviada pela Comissão Executiva da TAP aos trabalhadores do grupo.
Mário Chaves sucede ao engenheiro Valter Fernandes que saiu da Portugália Airlines em outubro do ano passado para liderar a área de Manutenção da Emirates, uma das mais prestigiadas companhias aéreas globais, com sede na cidade do Dubai, Emirados Árabes Unidos.
A Portugália Airlines (antes conhecida por PGA) foi fundada em 1990 por uma cooperativa de pilotos e mais tarde controlada pelo Grupo Espírito Santo. Em 2007 foi adquirida pela TAP, funcionando como companhia feeder para o hub de Lisboa, com voos para aeroportos mais próximos na Europa e Norte de África. A criação da TAP Express, no início do ano de 2016, aglutinou as marcas PGA e PGA Express, com uma frota de aviões Embraer E190 e ATR 72-600, oriunda, numa primeira fase da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, cujo fundador e principal acionista, David Neeleman, era ao tempo também acionista do consórcio ‘Atlantic Gateway’, a quem pertencia a maior fatia do capital privado (61%), nessa fase da TAP privatizada. A TAP voltou a ser nacionalizada no início do período da pandemia de covid-19, como é de conhecimento público.
- Foto de abertura: Mário Chaves © Jornal ‘Expresso das Ilhas’, Cabo Verde.