A situação anómala ocorrida no Aeroporto da Madeira está normalizada e cerca das 23h00 desta segunda-feira, é de que tudo se encaminha para a normalização de movimentos de aviões comerciais e reencaminhamento dos milhares de passageiros que estão retidos há três dias na ilha portuguesa do Atlântico, e de outros que em diversos aeroportos aguardam transporte para a Madeira.
Os ventos fortes que atingiram desde o fim-de-semana e, nomeadamente, nesta segunda-feira, dia 13 de março, a zona onde está implantado o Aeroporto da Madeira, provocaram dezenas de cancelamentos e de desvios de aviões para as ilhas do Porto Santo, também no arquipélago da Madeira, e das Canárias (Grã Canária, Tenerife e Lanzarote) e também para os aeroportos continentais de Lisboa, Porto e Faro.
Estima-se que desde que os ventos sopraram fora dos limites permitidos para uma operação segura na ilha da Madeira, no Oceano Atlântico, tenham sido afectados mais de 120 movimentos (chegadas e partidas) nos três dias, nomeadamente voos originários em aeroportos europeus que transportavam turistas.
Há dois casos particulares de voos da British Airways e da Lufthansa que depois de tentarem uma primeira aproximação no sábado, dia 11 de março, foram pernoitar em Lisboa, voltando no domingo à Madeira, sem sucesso, e regressaram com os passageiros aos aeroportos de origem. A British Airways só conseguiu, finalmente, aterrar na segunda-feira na Madeira. Nestes dias, um total de quase mil passageiros preferiram viajar de barco entre as ilhas do Porto Santo, para onde divergiram os seus aviões, e a ilha da Madeira, separadas por cerca de 42 milhas marítimas.
A previsão do estado do tempo para esta segunda-feira, divulgada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), dizia que o vento podia chegar aos 85 quilómetros/hora na zona lesta da ilha da Madeira, local da pista do aeroporto, condição que se manteve até perto do final do dia.
Pela manhã houve uma melhoria substancial do tempo, mas não durou mais de uma hora, em que conseguiram pousar alguns aviões que tinham divergido para o Porto Santo. Depois o excesso da força do vento não permitiu movimentos durante a tarde e só à noite é que se registou um melhoramento. Todos os voos da TAP (três) e da EasyJet (dois) previstos para a noite foram realizados, assim como o da Aerovip, empresa que faz os voos inter-ilhas no arquipélago.