Miguel Pais do Amaral, o empresário português que apresentou uma proposta vinculativa para a compra de 61% das acções da TAP SGPS, S. A., disse esta segunda-feira à agência noticiosa Lusa que o consórcio que lidera é composto por investidores financeiros internacionais “com elevada experiência no sector da aviação”. Contudo não levanta o véu sobre a identidade dos seus associados, nem tão pouco a que companhias aéreas estão [ou estiveram] ligados.
“Nós asseguramos que o centro de decisão [da TAP] se mantém em Portugal, assim como o ‘hub’ [plataforma de distribuição de voos] em Lisboa”, disse o empresário, acrescentando que o consórcio “é composto por investidores financeiros internacionais de grande dimensão, com elevada experiência no sector da aviação”.
“A TAP não tem vocação para ser uma subsidiária. Seria uma pena, para não falar do risco, se a TAP, com uma história de 70 anos de sucesso, fosse absorvida por empresas de menor dimensão”, apontou o empresário.
“A TAP deve permanecer uma empresa independente, na medida em que tem recursos técnicos altamente qualificados e uma base de clientes e de rotas que fazem da empresa uma das grandes companhias aéreas do mundo”, afirmou o empresário português.
“A nossa proposta garante a independência da empresa e a sua autodeterminação estratégica”, sublinhou.
Pais do Amaral apresentou a sua proposta para a compra da TAP em nome da Quifel Holdings, que desde 2007 concentra a sua actividade empresarial, tendo desde então realizado vários investimentos em diversos sectores.
Na corrida à compra da TAP estão ainda os empresários norte-americano David Neeleman, fundador e presidente da companhia AZUL Linhas Aéreas Brasileiras, e German Efromovich, um dos dois sócios do grupo Synergy que detém as companhias aéreas Avianca Colombia e Avianca Brasil (Ler propostas destes candidatos neste LINK).