O Ministério Público junto do Tribunal de Contas abriu um processo para apurar a responsabilidade financeira de Chistine Ourmières-Widener (na imagem de abertura) e Manuel Beja no pagamento da indemnização a Alexandra Reis, após a análise do relatório da Inspeção Geral de Finanças (LINK notícia relacionada).
Fonte oficial do Tribunal de Contas (TdC) confirmou à agência portugeusa de notícias ‘Lusa’ que, do processo de acompanhamento do relatório elaborada pela Inspeção Geral de Finanças (IGF), “derivou requerimento do Ministério Público que deu origem a processo de apuramento de responsabilidade financeira”.
A notícia foi avançada nesta quarta-feira, dia 8 de novembro, pelo jornal digital ‘Observador’.
Em causa está a indemnização de 500 mil euros paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis, alvo de um relatório da IGF e que deu origem à Comissão Parlamentar de Inquérito à companhia e levou à demissão da presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.
A auditoria da IGF já previa o envio do relatório ao presidente do Tribunal de Contas “para conhecimento da matéria de facto e de direito” em “virtude de poderem ser integradoras de infrações financeiras”.
A auditoria da IGF, pedida pelo Governo, declarou nulo o acordo para a saída de Alexandra Reis da TAP com uma indemnização de meio milhão de euros, estando na base da decisão do executivo de exonerar com justa causa, em março, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, os dois responsáveis pela assinatura desta decisão.
A saída de Alexandra Reis foi negociada à luz do Código das Sociedades Comerciais e não do estatuto do gestor público, que abrange a TAP desde 2020 e que não permitiria esta indemnização.
Christine Ourmières-Widener já recorreu à justiça para contestar a decisão de exoneração, pedindo uma indemnização de 5,9 milhões de euros (LINK notícia relacionada).