Ministro coloca cenário de insolvência da TAP sobre a mesa das negociações

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação de Portugal, Pedro Nuno Santos, disse nesta terça-feira, dia 19 de maio, que “o Estado Português vai partir para uma negociação da intervenção pública na TAP”, mas avisou que “não pode excluir nenhum cenário, inclusivamente a insolvência da empresa”.

Pedro Nuno Santos, que falava na Assembleia da República, em Lisboa, numa audição requerida pelo CDS (Centro Democrático Social/Partido Popular) sobre a capitalização da TAP e a estratégia do Governo para a companhia aérea de bandeira nacional, defendeu que quando se entra neste tipo de negociação é preciso colocar em cima da mesa todos os cenários e que “o Estado não pode ceder a chantagens”. Voltou a dizer, como o já tinha afirmado que se o Estado colocar dinheiro na companhia, isso implicará o reforço do seu papel na gestão da companhia aérea.

Perante os deputados, o governante que tutela a atividade da TAP realçou que “só haverá intervenção pública se as condições forem aceites. Se as condições não forem aceites a intervenção não será feita”. “Não podemos intervencionar a TAP a qualquer preço. O Estado Português está disponível, mas não o pode fazer sem impor condições”, afirmou o ministro, acrescentando que “o Estado está disponível para uma intervenção, mas não vai fazer nenhuma negociação sem que seja feita uma repartição de encargos”.

Pedro Nuno Santos repetiu que não há sinais dos acionistas privados acompanharem a intervenção pública. “Recebemos recentemente uma carta dos acionistas privados que não responde a esta questão”, lembrou aos deputados.

“É para mim fundamental que o Estado se dê ao respeito, não se deixe enganar, não se deixe usar”, frisou o governante, dando conta que a sua missão “é representar o Estado soberano” e que “o governo não quer deixar cair a TAP”.

Pedro Nuno Santos realçou ainda aos deputados da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação que “a TAP tem uma importância tão critica para a economia portuguesa que o desastre é sempre muito maior face â intervenção que possa ter”, voltando a remeter para momento posterior uma discussão sobre a gestão da TAP ainda que observando que nos orçamentos de 2018 e 2019 foram prometidos lucros, “coisa que acabou por não acontecer”, diz.

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