“O PSD [Partido Social-Democrata] sabia que, para concretizar aquela que era a solução que foi por si escolhida, era necessário alterar uma lei que se recusou a fazer e atrasou, obviamente, o processo”, disse nesta quarta-feira, dia 27 de julho, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que responsabilizou o PSD pelos atrasos no aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa.
“Nestes últimos sete anos, o Governo foi até onde pôde. O PSD sabia que, para concretizar aquela que era a solução que foi por si escolhida [quando foi Governo], era necessário alterar uma lei que se recusou a fazer e atrasou, obviamente, o processo”, afirmou o governante, em declarações aos jornalistas, em Vizela, no distrito de Braga, no norte de Portugal.
Pedro Nuno Santos assinalou que o PSD, “em matéria de expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, a última coisa que pode fazer é pôr-se de fora da fotografia”.
Observando que a questão do aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa “está atrasada 50 anos”, referiu que a governação socialista “continuou a solução que herdou de um governo do PSD/CDS e travou-a com uma mudança de liderança” daquele partido. “Por razões de seriedade política e debate político, nós temos de ser honestos e sérios e cada um assumir as suas responsabilidades pessoais e portuárias”, acrescentou.
Na terça-feira, dia 26 de julho, o presidente do PSD afirmou que o partido está a ouvir personalidades e instituições sobre a futura solução aeroportuária, sem fixar um prazo, e desafiou o Governo a avançar já com obras no atual aeroporto de Lisboa. Sobre a matéria, Pedro Nuno Santos disse aos jornalistas que o Governo precisa de “perceber melhor que obras no aeroporto de Lisboa é que o presidente do PSD está a falar”.
“Perceber se [o PSD] está a dirigir estas questões ao Governo ou à concessionária do aeroporto da região de Lisboa. Perceber se a discussão sobre a futura solução para a região de Lisboa passa por discuti-la em posta ou discutir, sim, uma solução de expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa”, concluiu o ministro.