A Mitsubishi Aircraft antecipou a data prevista para o primeiro voo do seu jacto regional MRJ para “o mais tardar em meados de Outubro”, dado que a companhia quer completar os testes de engenharia e o testes em terra do avião no final deste mês. No decorrer de um briefing em Nagoya, no Japão, o engenheiro-chefe, Nobuo Kishi, disse aos jornalistas que os testes estáticos de resistência, incluindo aquele que implica o dobrar máximo das asas e a pressurização da cabina, confirmaram que o MRJ está pronto do ponto de vista estrutural para o primeiro voo.
Os planos apontam para uma primeira missão de uma hora que será dedicada para confirmar as características básicas de voo, nomeadamente, descida e voltas à esquerda e à direita. Os engenheiros decidiram manter determinadas partes móveis, como o trem de aterragem e os flaps em posição fixa e não iniciar o sistema de reverse dos motores durante o primeiro voo. Depois do voo, a companhia planeia levar a cabo as “modificações de feedback dos testes” para expandir o envelope de voo, disse Nobuo Kishi.
Mantendo como objectivo a primeira entre à companhia All Nippon Airways (ANA) no segundo trimestre do próximo ano, a Mitsubishi efectuou em Julho e Agosto, modificações e verificações de dados técnicos nos primeiros dos dois aviões da frota de testes. O primeiro protótipo de voo destina-se à expansão do envelope e aos testes de sistemas; o segundo para levar a cabo testes funcionais e de performance; o terceiro para avaliar em detalhe as características de voo e os testes de aviónicos; o quarto para a realização de testes de gelo e de ruído ambiente e no interior do aparelho; e o quinto para aferir o funcionamento do piloto automático.
A companhia planeia efectuar a maioria dos seus testes de voo no aeroporto de Grant County no Lago Moses, no Estado de Washington, nos Estados Unidos, para tirar partido das suas longas pistas e ausência de voos regulares das companhias aéreas. Outros pontos de teste nos Estados Unidos incluem o aeroporto regional de Gunnison-Crested Butte, no Colorado, onde tenciona fazer os testes de descolagem em altitude e de aterragem. Entretanto, escolheu o Roswell International Air Center, no Novo México, para os testes especiais em pista e o laboratório climático McKinley, na Flórida, para os testes de meio ambiente extremo. Também planeia contratar 150 engenheiros para o novo centro de engenharia em Seattle, para dar apoio à actividade de testes nos Estados Unidos.