Um avião ligeiro monomotor Cessna 210C Centurion II, matrícula PT-JIC, caiu na manhã desta quarta-feira, dia 13 de dezembro, pelas 11h30, numa área residencial conhecida por Bairro de Bengui, na cidade de Belém, no Estado do Pará, norte do Brasil.
Do acidente resultou a morte do co-piloto da aeronave, Lucas Ernesto Santos e Santos, de 25 anos de idade, e ferimentos no piloto Bruno Alencar Wachekoswski, de 22 anos, que está hospitalizado em estado grave. Na mesma unidade encontra-se internado, também em estado grave, o vigilante da área residencial, que estava nesse momento na guarita de controlo de segurança sobre a qual o avião ligeiro caiu.
Segundo informações divulgadas pela imprensa paraense, a aeronave tinha capacidade para cinco pessoas e, possivelmente, a pane foi causada por falta de combustível.
Piloto responde por furto de aeronaves ligeiras e tráfico de drogas
Numa peça publicada mais tarde na sua edição online, o jornal ‘O Liberal’, que se publica na cidade de Belém do Pará, escreve que o piloto do avião acidentado já havia sido preso duas vezes por se envolver com furto de aeronaves no estado do Mato Grosso:
“A Polícia Civil do Pará confirmou que Bruno Alencar Wachekoswski responde processos na Polícia Federal por envolvimento com crimes, onde geralmente atua como piloto.
A primeira prisão de Bruno Wachekowski foi em 2016, quando ele e outros dois suspeitos de furtarem um avião monomotor de um hangar do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram detidos pela Polícia Federal. Eles foram indiciados e julgados pela Justiça boliviana. A aeronave, que pertence a uma emissora de TV, foi encontrada no dia seguinte, após cair em uma fazenda na Bolívia. Na época, Bruno Alencar Wachekowski tinha 19 anos.
Em outro crime, em novembro de 2017, ele e outros quatro homens que planejavam resgatar uma aeronave apreendida com quase 500 quilos de drogas, foram presos no município de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. O avião estava no aeroporto do município para a conclusão das investigações da Polícia Federal. A droga tinha saído da Bolívia e seria entregue na cidade.
Bruno foi preso em um hotel, com outros comparsas. De acordo com a PM, o plano do roubo estava registado nos celulares, nos diálogos de WhatsApp entre os membros da quadrilha.
Os suspeitos e todo o material apreendido foram entregues na Delegacia da Polícia Judiciária de Tangará da Serra para demais medidas legais. Ainda de acordo com a polícia, Bruno, que não tinha passagem pela polícia, seria responsável por pilotar o avião.”