Os aeroportos nacionais portugueses movimentaram 5,7 milhões de passageiros e 18,2 mil toneladas de carga e correio em junho deste ano, correspondendo a variações homólogas de +186,0% e +16,9%, respetivamente (+319,8% e +20,7% em maio, pela mesma ordem). Comparando com junho de 2019, o movimento de passageiros diminuiu 2,7% e o movimento de carga e correio aumentou 11,4% (-3,9% e +7,9% no mês anterior, respetivamente). Perante estes números há uma excelente recuperação de tráfego, nomeadamente em passageiros, muito aproximado ao ano anterior ao início da pandemia de covid-19.
Os números foram divulgados nesta terça-feira, dia 16 de agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Lisboa, na publicação ‘Estatísticas Rápidas do Transporte Aéreo’.
Em junho de 2022, registou-se o desembarque médio diário de 95,9 mil passageiros nos aeroportos portugueses (87,1 mil no mês anterior), aproximando-se do valor observado em junho de 2019 (98,1 mil).
No primeiro semestre de 2022, o número de passageiros aumentou 344,0% (-12,8% face a igual período de 2019), continuando a tendência de aproximação aos níveis registados no período pré-pandémico.
Tráfego mensal
Em junho de 2022, aterraram nos aeroportos nacionais 20,8 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a 5,7 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos) e foram movimentadas 18,2 mil toneladas de carga e correio (+74,4%, +186,0% e +16,9%, respetivamente, face a junho de 2021). Em maio de 2022, tinham-se registado variações homólogas de +134,6%, +319,8% e +20,7%, pela mesma ordem.
Comparando com junho de 2019, registaram-se variações de -3,3% no número de aeronaves aterradas, -2,7% nos passageiros movimentados e +11,4% no movimento de carga e correio (-3,6%, -3,9% e +7,9% no mês anterior, respetivamente).
Considerando os passageiros desembarcados em junho de 2022, 80,8% corresponderam a tráfego internacional (70,9% no mesmo mês de 2021), na maioria provenientes do continente europeu (68,5% do total). Relativamente aos passageiros embarcados, 80,4% corresponderam a tráfego internacional (70,4% em junho de 2021), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (68,9% do total).
O movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente muito influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal, mas tem sido significativamente afetado pelo impacto da pandemia no período recente.
Os efeitos da pandemia foram particularmente notórios, em ambas as séries, a partir de meados de março de 2020 e nos primeiros trimestres de 2021. Desde então, os níveis de ambas as séries em 2021 estiveram sistematicamente acima dos de 2020, embora distantes dos níveis de 2019.
O início do ano 2022 revelou uma tendência de aproximação aos níveis registados no período pré-pandémico. Em junho de 2022, registou-se o desembarque médio diário de 95,9 mil passageiros nos aeroportos nacionais (87,1 mil no mês anterior), aproximando-se do valor observado em junho de 2019 (98,1 mil).
Tráfego acumulado
No primeiro semestre de 2022, o número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 344,0% em comparação com o período homólogo de 2021 (-12,8% face a igual período de 2019). O aeroporto de Lisboa movimentou 49,8% do total de passageiros (12,1 milhões) e registou um crescimento de 380,9% comparando com o período homólogo de 2021 (-17,0% face ao mesmo período de 2019). Considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, Faro registou o maior acréscimo (+503,2%).
Considerando o primeiro semestre de 2022, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com crescimentos homólogos de 720,8% no número de passageiros desembarcados e 717,5% no número de passageiros embarcados, justificado pelo encerramento do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido em grande parte do primeiro semestre de 2021. A França ocupou a segunda posição, com aumentos de 294,7% nos passageiros desembarcados e 290,0% nos passageiros embarcados, face ao mesmo período de 2021. Espanha ocupou a terceira posição, como principal país de origem e de destino.