Dezenas de pessoas invadiram na noite deste domingo, dia 29 de outubro, o aeroporto de Makhachkala, capital da região russa do Daguestão, e causaram alguns distúrbios depois de saberem da chegada de um avião proveniente de Telavive (Israel). Um incidente de segurança grave, reconheceram as autoridades russas, que depois de umas horas em que a situação esteve descontrolada, informaram que a polícia tinha protegido os passageiros desembarcados e recuperado o controlo na zona aeroportuária.
Segundo a agência France-Presse, os distúrbios aconteceram depois de um avião proveniente de Telavive, com destino a Moscovo, ter feito uma escala em Makhachkala. Ao anúncio da chegada do aparelho, dezenas de homens invadiram a pista e o terminal do aeroporto, com a intenção de verificar passaportes dos passageiros à procura de cidadãos israelitas.
No Daguestão, que pertence à Rússia, a população é predominantemente muçulmana. As autoridades do Daguestão anunciaram que a situação estava “sob controlo”, mas o aeroporto acabou por ser encerrado e os voos foram redirecionados para outros locais. Em comunicado, o governo de Israel apelou à Rússia que “proteja todos os cidadãos israelitas e todos os judeus” e disse que encara com seriedade todas as “tentativas de ataque a cidadãos israelitas e a judeus em todo o mundo”.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 7 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então. Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas. Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
Notícias divulgadas já na madrugada desta segunda-feira, indicam que os tripulantes do avião aperceberam-se da entrada do grupo de simpatizantes do Hamas na zona de estacionamento e mandaram os passageiros retomar os seus lugares, tendo fechado as portas da aeronave.
Na aerogare a situação esteve fora de controlo, com os muçulmanos a ameaçar matar todos os judeus que pusessem o pé em terra, mas constava na madrugada desta segunda-feira (04h00 locais) que as forças de segurança tinham conseguido conter os manifestantes.
A direção do aeroporto anunciou que foi determinado o encerramento de todas as operações até ao próximo dia 6 de novembro. Não ficou clara, por enquanto, as razões que levam a tão prolongado encerramento.