As companhias aéreas internacionais já podem aceitar passageiros com destino a aeroportos dos Estados Unidos da América oriundos dos sete países de maioria muçulmana que Donald Trump tinha vetado, depois de um juiz ter suspendido a ordem do presidente.
Apesar de a Casa Branca ter prometido lutar contra a decisão do juiz James Robart, que se aplica a todo o país, o Departamento da Alfândega e Proteção Fronteiriça, a agência federal encarregada da imigração, informou na sexta-feira, dia 3 de fevereiro, as transportadoras aéreas que os vistos dos cidadãos dos países em questão – Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen – voltam a ser válidos e devem aceitar os passageiros nos seus voos.
O departamento informou também as companhias aéreas que os detentores de um visto de refugiado têm entrada autorizada, segundo explicou à CNN uma das transportadoras.
A ordem executiva de Trump suspendia durante 90 dias a emissão de vistos para cidadãos dos sete países e por outros 120 o programa de acolhimento de refugiados. Esta decisão tem sido bastante contestada, não só nos EUA, como também em diversas instâncias internacionais e por governos de países democráticos em todo o mundo. Sucederam-se diversos protestos em aeroportos que condenavam as medidas impostas pela nova Administração norte-americana.
O Departamento de Estado assegurou que foram cancelados cerca de 60 mil vistos de estrangeiros vindos dos sete países após a entrada em vigor do veto migratório, apesar de os números do mesmo departamento indicarem que os afetados podem chegar aos 100 mil.