A Aeronáutica Militar do Brasil pretende doar um terreno perto do pavilhão de exposições do Anhembi, na cidade de São Paulo, para receber o acervo de aviões antigos do Museu da TAM, anunciou a rede Globo de notícias. Contudo, coloca como condição que seja criada uma Fundação e que no mesmo local possam ser recebidas aeronaves antigas da Força Aérea Brasileira.
A ideia não desagrada a muitos dos defensores da continuidade do Museu da TAM, nem àqueles que pretendem ver preservado o espólio da aviação do Brasil, e mundial, que se encontra presentemente encerrado no museu criado pelo comandante Rolim Amaro, fundador daquela que é presentemente a maior companhia aérea brasileira. O edifício que acolhe e conserva esse valioso acervo, em São Carlos, uma cidade do interior do Estado de São Paulo, foi encerrado temporariamente. (LINK notícia relacionada)
A rede Globo indica que a área fica ao sul do Aeroporto Campo de Marte, ao lado do hospital da Aeronáutica e perto da Avenida Olavo Fontoura. São 40 mil metros quadrados, o dobro do tamanho do museu atual. A previsão é que o espaço tenha um estacionamento para 600 veículos, além de acesso à pista de pouso de um pátio próprio para receber aviões.
O objetivo é abrir uma fundação para que a Força Aérea Brasileira (FAB) possa ceder um terreno no Campo de Marte. Segundo o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, comandante do 4º Comando Aéreo Regional (Comar), o estatuto da fundação deve estar pronto até ao final do corrente mês de fevereiro.
A FAB quer levar para o novo museu parte de suas antiguidades, que estão no Rio de Janeiro, e quem tiver itens em casa também vai poder colaborar. “Existem outras pessoas que têm às vezes em suas residências itens bem pequenos, que foram de Santos Dumont, ou de outro herói da nossa aviação, que poderiam também ceder”, afirmou o brigadeiro Damasceno.
A expectativa é que, além das aeronaves, o local também tenha restaurantes, cafés, lojas e área para crianças. Tudo isso para ajudar a pagar as despesas e para atrair mais visitantes.
“Hoje o entendimento político, da indústria, dos amantes da aviação e das empresas aéreas como um todo, é que haja realmente um reduto da história da aviação na maior cidade da América Latina”, disse o brigadeiro Damasceno, citado pela ‘Globo’.