Nacala recebe certificação internacional neste ano

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O Aeroporto Internacional de Nacala deverá obter até ao final do corrente ano a certificação internacional de modo a receber aviões de passageiros de companhias estrangeiras, disse ao jornal ‘Notícias de Maputo’ o diretor dos Transportes e Comunicações da Província de Nampula, Francisco Bonzo.

Uma equipa de técnicos do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) desloca-se na próxima semana para o norte do país, onde irá executar as tarefas constantes para a auditoria e fiscalização que conduzirá à atribuição do certificado internacional, referiu Francisco Bonzo ao jornal que se publica na capital moçambicana.

O Aeroporto de Nacala, inaugurado no ano passado, resultou da transformação da antiga Base Aérea de Nacala, que foi uma das mais importantes da Força Aérea Portuguesa, no teatro da Guerra Colonial, terminada em 1974, com a queda do regime político em Lisboa. Foi também uma base importante da Força Aérea de Moçambique, na guerra civil com a Renamo até ao início dos anos noventa da década passada.

O novo aeroporto é praticamente uma unidade construída de raiz, tendo custado 176 milhões de dólares. A obra esteve a cargo do grupo brasileiro de construção civil e obras públicas Odebrecht.

Nacala tem uma pista com 3.100 metros d extensão, que é servida por um caminho de circulação de aeronaves e uma placa de estacionamento com comprimento e largura suficientes para acolher dois aviões de grande porte e mais dois aviões de médio porte em simultâneo.

A pista de aterragem de Nacala é a segunda maior pista de Moçambique, a seguir à do aeroporto internacional de Maputo, que tem 3.560 metros, o que quer dizer que está dimensionada para o pouso de aeronaves com o peso e a envergadura do Boeing 747-400.

O aeroporto foi projectado para acolher um movimento de chegadas e partidas de 1240 passageiros nos momentos de tráfico mais intenso, sendo que no rés-do-chão foram instalados balcões para o “check-in”, espaços públicos, uma sala de embarque doméstico e outra internacional, sala de desembarque doméstico e internacional, escritórios diversos, inclusive para as companhias aéreas, salas VIP, cafés e lojas.

Este ano algumas companhias internacionais manifestaram interesse numa eventual utilização do aeroporto, considerando que o maior crescimento económico está no norte de Moçambique para onde se dirige hoje uma importante fatia do tráfego internacional que demanda o país de língua portuguesa do Índico.

Em Nacala ficará baseada uma nova companhia aérea nacional denominada MAIS – Mozambican Airlines que resulta de um investimento luso-moçambicano e que terá numa fase inicial dois aviões Airbus A320, segundo tem referido a imprensa africana.

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