NASA e Lockheed testam novo projeto de avião supersónico

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Os aviões supersónicos de passageiros estão a um novo passo da realidade, à medida que a agência espacial norte-americana NASA e a Lockheed Martin Skunk prosseguem os primeiros testes no túnel de vento de alta velocidade, no Centro de Pesquisa Glenn, nos Estados Unidos da América, para o projeto ‘X-plane’. Estas primeiras experiências surgem mais de um década depois da saída do mercado dos aviões comerciais supersónicos Concorde, que cruzaram os céus durante mais de 27 anos, entre 1997 e 2003.

O Projeto de Tecnologia Supersónica Silenciosa (‘QueSST’ na sigla em inglês) pode mudar para sempre a forma como viajamos de avião, uma vez que, pode atingir velocidades supersónicas, sem que as pessoas ouçam o estrondo no solo.

Durante as próximas oito semanas, os engenheiros vão expor um modelo numa escala de 9%, cuja velocidade varia de Mach 0.3 para Mach 1.6 (aproximadamente de 150 a 950 milhas por hora), para mostrar a aerodinâmica do X-plane e dos seus sistemas de propulsão.

“Nós vamos medir o elevador, arrasto e forças laterais no modelo, em ângulos diferentes, para verificar se ele funciona como esperado”, anunciou o engenheiro aeroespacial Ray Castner, que conduz os testes de propulsão para o esforço da ‘QueSST’ da NASA. “Nós também queremos certificar-nos de que o ar flui suavemente no motor em todas as condições operacionais.”

O túnel de vento Glenn é excecionalmente adequado para o teste, devido ao seu tamanho e capacidade de criar uma ampla gama de velocidades de vento.

“Precisamos ver como o projeto atua após a descolagem, em velocidade de cruzeiro, supersónica e durante o processo de aterragem”, disse David Stark, chefe das instalações. “O túnel de vento supersónico de 8’x 6′ permite testar a velocidade máxima que o protótipo consegue atingir dentro dele”.

“O nosso projeto exclusivo de aeronaves é feito para separar os choques e as expansões associadas ao voo supersónico, reduzindo drasticamente a sonoridade das aeronaves”, referiu Peter Iosifidis, responsável pelo programa ‘QueSST’ da Lockheed Martin Skunk Works. Este “reduz o ruído característico para mais de um ‘batimento cardíaco’, em vez da tradicional explosão sónica associada aos aviões supersónicos de hoje”.

Segundo Dave Richwine, gerente do projeto preliminar da aeronave na NASA, “este teste é um passo importante no caminho do desenvolvimento de um avião que será um recurso muito necessário para a recolha de dados que, eventualmente, mudarão as regras do voo supersónico terrestre.”

Os testes e análise de túnel de vento deverão continuar até meados deste ano.


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