A NAV – Navegação Aérea de Portugal vai investir 103,8 milhões de euros no novo sistema de tráfego aéreo até 2023, num projeto que inclui a construção de uma nova torre de controlo em Lisboa.
O projeto, denominado ‘Top Sky’, que se encontra já em fase de testes, visa responder à procura atual, depois do aumento de cerca de 50% dos movimentos no aeroporto de Lisboa nos últimos cinco anos, em resultado da subida em 81% do número de passageiros.
Na apresentação do novo sistema, que contou com a presença do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, o presidente da NAV aproveitou para chamar a atenção para a necessidade de se avançar com a localização efetiva da torre de controlo de Lisboa, prevista no investimento, para que se consiga cumprir os prazos definidos.
Questionado pelos jornalistas sobre o investimento, o governante disse ter recebido duas “boas notícias”: “A primeira é que a NAV tem um plano de investimentos ambicioso e adequado às necessidades de modernização tecnológica de todos os sistemas no prazo de cinco anos” e a segunda é que “em princípio isso não irá onerar o Orçamento do Estado porque haverá meios próprios para de ano a ano se ir financiando estes investimentos”.
Sobre a torre de Lisboa, segundo o secretário de Estado, as autorizações formais são da ANAC, mas o Governo tem vindo a acompanhar com grande proximidade com a ANA o processo.
“Neste momento há um diálogo entre a ANA e a NAV sobre as especificações técnicas da torre para definirem exatamente onde será implementada a Torre. São pormenores que, estou certo, de que não vão causar nenhum atraso, será localizado do outro lado da atual pista [do Aeroporto Humberto Delgado], junto à avenida Santos e Castro e junto aquele que será a localização do novo terminal militar”, disse.
Sobre o projeto, Alberto Souto de Miranda destaca o aumento de capacidade de gestão de tráfego aéreo e a otimização dos meios existentes, aumentando muito a capacidade do aeroporto “que passa por uma solução integrada com o futuro aeroporto do Montijo que passará a permitir cerca de 72 movimentos por hora, 48 em Lisboa e 24 no Montijo, o que é um aumento “muito significativo”.
“Estamos a falar de uma modernização tecnológica absolutamente necessária, não é que o sistema atual não seja seguro, mas não tem as capacidades para se conectar quer aos sistemas europeus quer às novas possibilidades técnicas que têm vindo a ser desenvolvidas”, acrescentou.
O novo sistema de gestão do espaço aéreo implicou a adesão da NAV à Aliança COOPANS, que integra os prestadores de serviços de navegação aérea da Áustria, Croácia, Dinamarca, Irlanda e Suécia (LINK notícia relacionada).
- Foto © NAV Portugal