A Nigéria deverá ser o próximo país de África a adquirir aviões A-29 Super Tucano, fabricados pela Embraer, destinados a reforçar os meios de combate da sua Força Aérea.
O negócio encontra-se apalavrado desde a Administração de Barak Obama, mas a aprovação formal das entidades norte-americanas, necessária para a consumação da encomenda, ainda não está preto-no-branco.
O jornal ‘Washington Post’ noticiou há poucos dias que o processo tem sido lento nos corredores da política norte-americana, pois o Conselho de Segurança dos EUA quer estar bem certo do futuro uso dos aviões por parte da Força Aérea Nigeriana. Há notícias, ainda não completamente esclarecidas, que no passado recente as Forças Armadas da Nigéria bombardearam populações indefesas no interior do país, pelo simples facto de serem apontadas como simpatizantes de uma célula terrorista do Al Qaeda, o Boko Haram. Cabe ao governo nigeriano fazer prova de que a participação da sua Força Aérea nesses eventuais conflitos não provocaram vítimas, ou então demonstrar que são rumores não confirmados.
O A-29 Super Tucano é um avião construído pela construtora brasileira Embraer, mas os 12 aparelhos e respectivo armamento no valor total de 600 milhões de dólares, serão montados e exportados pela ‘Sierra Nevada Corporation’, uma fábrica norte-americana parceira da Embraer, onde também foram montados os A-29 que seguiram para o Afeganistão.
Presentemente quatro países africanos contam com aviões A-29 Super Tucano nas suas frotas de combate: Angola, Burkina Faso, Mali e Mauritânia. Gana e Senegal também mostraram interesse neste tipo de caça-bombardeiro ligeiro que tem sido utilizado com sucesso em 15 países de todo o mundo, sobretudo na instrução de pilotos de combate.