O grupo de companhias de baixo custo que se juntam sob a designação geral de Norwegian Air, atualmente com uma situação financeira que é considerada bastante preocupante, anunciou nesta quarta-feira, dia 20 de novembro, a nomeação de Jacob Schram para as funções de presidente executivo, a partir de 1 de janeiro de 2020.
No lugar de presidente do Conselho de Administração vai manter-se Björn Kjos, fundador da empresa, que deixou o cargo de presidente executivo em julho passado depois de transformar a Norwegian na terceira maior companhia aérea da Europa, agitando o mercado de viagens transatlânticas com tarifas baixas para desafiar as transportadoras tradicionais, como a British Airways.
Kjos, que é também o maior investidor da companhia aérea, está encarregado da reestruturação da transportadora, que enfrenta um modelo de baixo custo para o longo curso, um segmento de mercado que muitos analistas consideram estar superlotado, com muitas ofertas e opções de escolha.
Jacob Schram, 57 anos de idade, que não tem experiência em aviação, ingressa na Norwegian, vindo da McKinsey, onde trabalhou como consultor, informou a Norwegian Air. Terá a tarefa de cortar custos e tornar a companhia aérea lucrativa novamente após uma expansão vertiginosa que a deixou com pesadas perdas e altas dívidas, forçando-a a pedir repetidamente aos acionistas novos fundos para evitar o colapso.
“A extensa experiência de gestão (de Schram) de empresas globais, habilidades comprovadas de liderança, forte orientação comercial ao consumidor e histórico impressionante de criação de valor beneficiarão muito a Norwegian à medida que a empresa entrar numa nova fase”, afirma o atual presidente da Comissão Executiva, Niels Smedegaard, em comunicado.
A Norwegian é presentemente liderada pelo diretor financeiro Geir Karlsen, que foi buscar dinheiro à banca, adiou o pagamento de dívidas, vendeu ativos e cortou rotas não lucrativas para manter a empresa no ar. Karlsen continuará como diretor financeiro e vice-presidente executivo.
Entre a série de acordos que foi obrigado a negociar e assinar para salvar a companhia aérea, Karlsen anunciou em outubro passado que uma empresa de leasing chinesa estaria interessada em assumir uma posição na companhia, através da cedência de frota, e fez uma parceria com a transportadora americana JetBlue para alimentar passageiros na rede de ambas as companhias. A empresa tem um acordo semelhante na Europa com a EasyJet do Reino Unido.