O Governo da República de Cabo Verde, assinou nesta quinta-feira, dia 10 de agosto, na Cidade da Praia, um contrato com a ‘Loftleider Icelandic’, empresa do Grupo Icelandair, da Islândia, para reestruturação da companhia aérea nacional TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde).
Confirma-se assim, de certa maneira, a notícia dada recentemente pelo jornal digital ‘Santiago Magazine’, reproduzida pelo ‘Newsavia’, de que a nova TACV Internacional (os TACV deixaram as ligações regionais inter-ilhas e para cidades africanas para a Binter Cabo Verde) teria um acordo de parceria com a Icelandair, que, provavelmente, será um potencial candidato à compra das ações da companhia que o Governo decidir privatizar. Recorde-se que essa notícia chegou a ser desmentida em Cabo Verde por círculos governamentais. O ‘Santiago Magazine’ referia nessa notícia que o grupo aéreo português SATA, com sede e base no arquipélago dos Açores, estaria envolvido no negócio, o que para já não está confirmado.
Nesta quinta-feira, na cerimónia de assinatura do contrato com os islandeses o ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, disse que o Governo foi procurar um parceiro internacionalmente “reconhecido” pelo seu “know how” e pela experiência comprovada no negócio do “hub” aéreo, tendo considerado esta decisão uma “medida fundamental” para o sucesso da reestruturação da TACV e “peça essencial” na criação do negócio hub aéreo em Cabo Verde.
“Estamos confiantes que com a forte parceria do grupo Icelandair, liderado pela sua companhia ponta de lance nos negócios internacionais, a ‘Loftleider Icelandic’, a TACV tem hoje as condições básicas para dar corpo ao novo modelo de negócio que se pretende bem-sucedido nos moldes que tem sido feito pelo grupo Icelandair”, augurou o governante cabo-verdiano.
De acordo com o ministro, o acordo que tem a duração de um ano, prevê mudanças substanciais no modelo de gestão da empresa que terá por base um plano de negócio acordado entre as partes com o objectivo de não apenas concluir o processo de reestruturação dos TACV, mas sobretudo, transformar Cabo Verde num hub de operação aérea no Atlântico.
Já a partir de segunda-feira, dia 14 de agosto, esse plano de negócio começa a ser implementado e, segundo José Gonçalves, haverá uma fase de redimensionamento da empresa e seu posicionamento para relançar o novo negócio do hub aéreo.
A empresa vai avançar já com dois aparelhos Boeing 757, mas o plano de negócios prevê até 11 aviões baseados nas ilhas de Cabo Verde.
“Muito brevemente a TACV deixará de ser um fardo e uma fonte de preocupação e dívida para o Estado e passa a ser um modelo de economia e gestão optimizada para melhor servir o país e os seus clientes”, disse o ministro da Economia e Emprego.
Da parte do grupo Icelandair, o vice-presidente da ‘Loftleider Icelandic’, Erlendur Svavarsson, que assinou o acordo, prometeu todo o empenhamento e profissionalismo na implementação do plano de negócio para responder à pretensão do Governo de transformar a TACV num hub aéreo cabo-verdiano.
Erlendur Svavarsson demonstrou-se confiante no sucesso da implementação do plano de negócio acordado.
Formada em 2002 a ‘Loftleider Icelandic’ pertence ao grupo Icelandair, holding do sector da aviação da Islândia, país europeu que fica no Atlântico Norte e que tem uma experiência exemplar no ramo ao ter-se convertido num importante hub, um centro de convergência de transportes aéreos entre a Europa e a América do Norte.
O Governo de Cabo Verde pretende com esta parceria estratégica, repetir a experiência para ligar África, Europa e América com escala em Cabo Verde.
- Texto com informações e imagem do serviço noticioso da Inforpress – Agência Cabo-Verdiana de Notícias.