A SaudGulf Airlines, nova companhia comercial saudita vocacionada para o transporte de passageiros nos segmentos executivo e de luxo, já é titular do certificado de operador aéreo (COA) outorgado pela Autoridade Nacional de Aviação Civil da Arábia Saudita, depois de um processo que demorou cerca de três anos.
Toda a documentação oficial que conferirá à nova empresa as licenças necessárias para iniciar as suas operações serão entregues, em cerimónia formal, marcada para o dia 22 de junho.
A Saudi Gulf Airlines irá operar inicialmente diversos voo diários entre Dammam, Jeda e Riade, estando previsto o alargamento da sua rede aos aeroportos de Abha, Madinah, Gassim e Tabuk.
Propriedade do Grupo Abdulhadi Al Qahtani, a nova companhia intitula-se uma ‘boutique airliner’, designação que remete para o segmento de luxo e de prestação de um serviço de nível superior, nomeadamente no atendimento e transporte de passageiros.
A companhia deveria ter começado as suas operações no ano passado, mas devido a atrasos na entrega do seu primeiro avião, um Airbus A320, registo HS-SGA, que só chegou em dezembro passado, o processo de certificação foi consecutivamente adiado.
Segundo notícias da imprensa do Golfo, a SaudiGulf fará o seu primeiro voo regular no dia 22 de junho, entre Damman e Riade. Iniciará as suas operações com quatro aviões A320 e a previsão é que nos primeiros cinco anos de atividade opere com 20 aeronaves. No final de 2015 a SaudiGulf fez uma encomenda de 16 aparelhos CS300 à Bombardier, no valor de dois mil milhões de dólares, que chegarão à Arábia Saudita entre 2017 e 2018.
Presentemente estão registadas na Autoridade Nacional de Aviação Civil Reino da Arábia Saudita mais duas companhias aéreas: a Saudia e a Flynas, esta trabalhando no segmento do baixo custo. Há mais três empresas em processo de certificação.
A Arábia Saudita é um dos países onde se prevê um dos maiores crescimentos de passageiros aéreos nos próximos anos. Os aeroportos sauditas registaram em 2015 um movimento de 65 milhões de passageiros, número que deverá subir até 100 milhões em 2020. Igualmente há uma previsão de aumento para os passageiros domésticos que até ao final desta década, altura em que deverão duplicar, com um total previsto de 28,5 milhões.