Nova linha aérea Norte/Sul de Portugal começa a 23 de dezembro

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O primeiro voo comercial da nova ligação aérea Bragança-Portimão está marcado para a manhã da quarta-feira, dia 23 de dezembro. É um ‘presente de Natal’ para a população do Norte de Portugal, depois de três anos sem ligações diretas regulares com Lisboa.

A companhia Aero Vip, a mesma que assegura as ligações inter-ilhas no arquipélago da Madeira, ganhou o concurso público, com obrigações de serviço público, para os próximos três anos.

O novo serviço aéreo regular na rota regional Norte/Sul de Portugal será voado com um avião Dornier 228, adquirido neste Verão pela companhia aérea e que tem o registo nacional CS-DUV. Tem capacidade para 18 passageiros. O horário da viagem Norte/Sul é o seguinte: Partida de Bragança pelas 07h30, fazendo depois escalas em Vila Real, Viseu e Cascais/Tires [nos arredores da cidade de Lisboa], com a chegada a Portimão, no Algarve, prevista para as 10h05.

Juntamente com o Aeródromo Municipal de Cascais, onde o avião faz escala, a Aero Vip criou um serviço de ‘shutle’ (transporte exclusivo) que levará os passageiros para a Praça Marquês de Pombal, no centro da cidade de Lisboa, numa zona com ligação a diversos tipos de transporte, incluindo o ‘metro’. Trata-se de um serviço gratuito, sendo os custos suportados pela empresa aérea e pelo Aeródromo Municipal de Cascais.

Com base no website da empresa, na qual já é possível comprar bilhetes, a tarifa base de ida e volta entre Bragança e Portimão ronda os 146 euros.

Nas ligações intermédias a tarifa base, ida e volta, entre Vila Real e Portimão ronda os 136 euros, entre Viseu e Portimão custará perto de 130 euros e no percurso Cascais-Portimão o bilhete de ida e regresso rondará os 105 euros.

Nos percursos de ida e volta entre Bragança e Cascais o preço é de cerca 140 euros.

Quanto aos percursos mais curtos, os preços de referência (ida e volta) deverão aproximar-se dos 32 euros entre Bragança e Vila Real, dos 58 euros entre Bragança e Viseu e dos 32 euros entre Vila Real e Viseu.

A duração máxima prevista para as viagens entre Bragança e Cascais é de 01h40, sendo que o tempo total máximo de viagem entre Bragança e Portimão, com todas as escalas, não deverá ultrapassar as 02h50, no sentido descente, e ultrapassará as sete horas no sentido inverso.

No Inverno haverá uma viagem por dia (segunda a sábado), mas no Verão serão duas

Esta carreira aérea terá, pelo menos, duas viagens de ida e volta no período de verão (entre março e outubro), de segunda-feira a sábado, e uma frequência de ida e volta na estação de inverno (novembro a fevereiro), também de segunda-feira a sábado.

Durante o período de inverno, como só há um voo diário, quem viajar até Portimão, só poderá regressar no dia seguinte. E quem viajar de Portimão em direção ao Norte, também só poderá regressar à base no dia seguinte.

Além disso, quando aterrar em Cascais, vindo de Portimão, cerca das 10h50, o avião só voltará a descolar pelas 15h50 com chegada prevista a Bragança por volta das 17h20.

Segundo Carlos Amaro, administrador do Grupo Seven Air, ao qual pertence a companhia Aero Vip, esta situação deve-se a limitações operacionais, uma vez que apenas o aeródromo de Cascais tem capacidade para operar após o pôr-do-sol.

“O avião sairá às 07h30 de Bragança, parará nas várias escalas até Portimão e volta para cima, não há tempo operacional de se fazer outro voo. No verão, com os dias mais longos, isso já se torna possível, e é essa a razão por que depois conseguimos ter dois voos diários, para servir melhor as populações, mas é uma questão operacional. Não é possível fazer de outra maneira”, referiu o administrador em declarações à agência noticiosa Lusa.

A ligação foi concessionada por três anos e a empresa receberá do Estado durante esse período um total de 7,8 milhões de euros.

Esta concessão surge depois de, em novembro de 2012, o Governo ter suspendido os voos entre Bragança/Vila Real e Lisboa (que já eram realizados pela Aero Vip), com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento direto de 2,5 milhões de euros por ano à operadora.

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