Na sequência do destroço encontrado no dia 29 de Julho na praia de Saint-André, na ilha francesa da Reunião, no Oceano Índico, a agência de notícias do Governo da Malásia publicou uma nova teoria do que poderá ter acontecido ao voo MH370 da Malaysia Airlines. Segundo o especialista em satélites, Zaaim Redha Abdul Rahman, que ajudou a empresa britânica Immarsat a analisar os dados pouco depois do avião ter desaparecido, em Março do ano passado, “o avião fez muito provavelmente um soft landing na água, flutuou durante algum tempo à superfície e afundou-se por inteiro”. Rahman disse à agência de notícias Bernama que “se o flaperon só estava ligeiramente danificado e apenas incrustado de crustáceos, a sua aparência indica que não foi violentamente arrancado do corpo principal do avião. Se o MH370 se tivesse despenhado com um forte impacto, teríamos visto pequenos destroços a flutuar no mar imediatamente a seguir. É possível que o flaperon se tenha desprendido do avião submergido”, acrescentou.
Uma opinião consistente com a de outros especialistas. A peça encontrada é seguramente uma parte do MH370 e sugere que o avião planou durante algum tempo depois de ficar sem combustível e desceu suavemente na água. Greg Feith, antigo investigador do US National Transportation Safety Board disse à agência Bloomberg que, como a peça não estava “amolgada” os especialistas podiam “deduzir que foi um low-energy crash ou uma amaragem intencional de low-energy”. Do mesmo modo que surgiu o flaperon, outras partes do avião ter-se-ão desprendido e flutuarão com a ajuda das correntes marítimas até darem à costa de ilhas como a Reunião. As equipas de busca continuam a procurar no sul do Oceano Índico, onde se acredita que o avião se tenha despenhado. O MH370, um Boeing 777-200ER com 239 pessoas a bordo, desapareceu no dia 8 de Março de 2014, quando voava de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China.