Novas regras para operar aeronaves comerciais em São Paulo/Guarulhos – com vídeo

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O Departamento de Controlo do Espaço Aéreo (DECEA) da Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou nesta segunda-feira, dia 2 de março, que o novo sistema de aplicação dos mínimos de separação reduzidos entre aeronaves que utilizam a mesma pista (RRSM) no Aeroporto Internacional de São Paulo, uma iniciativa que faz parte do Projeto ‘AGILE GRU’, entrará em vigor no próximo dia 30 de março.

A operação é inédita em aeroportos do Brasil e promove uma maior eficiência na gestão do tráfego aéreo, trazendo benefícios à comunidade aeroportuária e aos usuários do sistema.

O procedimento pode ser aplicado entre uma aeronave que descola e uma aeronave que pousa subsequente, entre duas aeronaves que descolam na mesma pista ou entre duas aeronaves que aterram na mesma pista.

De acordo com o Coordenador do DECEA no ‘AGILE GRU’, major especialista em Controle de Tráfego Aéreo Marcos Roberto Peçanha dos Santos “a implementação do RRSM está bem alinhada com o objetivo do Projeto ‘AGILE GRU’, que é o aumento da eficiência das operações de aproximação, pouso e descolagem e a consequente melhoria da performance e fluxo operacional do Aeroporto”, esclarece.

O Projeto ‘AGILE GRU’ é resultado do trabalho conjunto entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), com apoio da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

 

De acordo com o Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino, a iniciativa prioriza o processo de tomada de decisão colaborativa, no qual todos os envolvidos participam ativamente de todas as etapas do projeto: “O novo procedimento proporcionará melhorias no fluxo das chegadas e partidas no aeroporto, contribuindo para a redução no consumo de combustível e emissões de poluentes, além da otimização do trabalho dos controladores e pilotos”, pontua o oficial-general.

Para o comandante de linha aérea Luciano Oliveira, da LATAM Airlines, a iniciativa, além de estar de acordo com as melhores práticas operacionais, promove maior eficiência, pontualidade e sustentabilidade às operações aéreas. “É um procedimento de baixa complexidade para o piloto, que faz com que permanecemos com os níveis de segurança desejados, além de ter mais flexibilidade operacional, reduzindo o número de arremetidas (*)”, avalia.

Todos os critérios relacionados com a aplicação de mínimos de separação reduzidos estão estabelecidos na ICA 100-37 e nas publicações AIP Brasil e AIC, disponíveis no Portal AISWEB, fonte oficial de Informações Aeronáuticas do Brasil.

 

(*) Este texto resulta de um comunicado informativo distribuído pelo DECEA, departamento da Força Aérea Brasileira responsável pelo controlo aéreo em todo o território brasileiro. A linguagem utilizada é a que é corrente no Brasil e entre profissionais brasileiros, o que não é de todo igual à que é utilizada pelos profissionais de outros países de língua portuguesa, nomeadamente Portugal e Angola, países que têm companhias comerciais a voar para o Brasil. Nestes casos, normalmente, as comunicações fazem-se em inglês para evitar mal-entendidos.

 

Para simplificar a interpretação do texto anterior atente-se em três verbos com grafias diferentes:

Pousar utiliza-se no Brasil com o significado de aterrar (um avião);

Decolar utiliza-se com o significado de descolar ou levantar voo;

Arremeter utiliza-se com o significado de borregar, verbo utilizado entre os aviadores portugueses para denominar o aborto ou desistência de aterrar.

 

  • Assista ao vídeo sobre a implementação do Projeto ‘AGILE GRU’:
  • Fotos: Fábio Maciel e Luiz Eduardo Perez
    Vídeo: Denise Fontes e SO José Pereira

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