Novo relatório reafirma responsabilidade dos pilotos do voo AF447 (Rio de Janeiro-Paris)

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Absant Training - Junta-te a Nós, Inscrições AbertasOs pilotos do Airbus A330-200 da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009, matando todas as 228 pessoas a bordo, perderam o controle do avião depois de não aplicar procedimentos adequados, revela um novo relatório de investigação de acidentes, conhecido nesta sexta-feira, dia 12 de janeiro, anunciou a agência de notícias ‘Reuters’.

O inquérito no voo AF447 confirmou as descobertas anteriores de que o comandante estava fora e longe do cockpit quando o incidente ocorreu e, por isso, não conseguiu dar instruções operacionais claras, destaca este novo relatório, que foi visto pela ‘Reuters’.

Representantes de uma associação de famílias das vítimas disseram que o relatório minimizou as responsabilidades da Air France e da Airbus no acidente. Os advogados que assistem as famílias que estão nos tribunais a defender os seus direitos, continuam a dizer que os relatórios continuam eivados de contradições e imprecisões e pretendem culpabilizar a companhia aérea pela “ausência de instruções claras por parte de Air France, apesar de vários casos parecidos de congelamento das sondas ‘Pitot’ e, portanto, de uma resposta insuficiente”. Eles apontam também “para a formação inadequada dos pilotos na aplicação do procedimento” necessário para lidar com o congelamento das sondas e com o comportamento do avião durante a perda das indicações de velocidade. A intenção é também colocar no banco dos acusados a Airbus por não ter, em tempo oportuno, procedido à substituição dos sensores, cujos problemas já tinham sido equacionados. Em resumo, ninguém se contenta ou aceita que os consecutivos relatórios mandados fazer pelos tribunais culpabilizem (apenas) os pilotos.

As partes têm dois meses para comentar o relatório, que faz parte de uma investigação judicial sobre o acidente. Este novo relatório reafirma, afinal, o que já se sabia sobre o acidente, e que resultam do relatório principal do inquérito liderado pela agência francesa de inquéritos a incidentes e acidentes aéreos (BEA).

O acidente com o voo AF447 ocorreu na viagem de um avião Airbus A330-200 da Air France, matrícula F-GZCP, que tinha descolado do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 2009, pelas 19h29 locais, com destino à cidade de Paris, onde deveria chegar cerca de 10h30 depois. O último contato com o avião deu-se cerca de duas horas e meia após a partida.

Um primeiro relatório de especialistas apresentado durante a investigação judicial, em maio de 2014, sobre a tragédia do voo Rio-Paris, ocorrida em junho de 2009, dizia que o desastre acontecera devido a “uma reação inapropriada da tripulação depois da perda momentânea das indicações de velocidade”.

As simulações e as análises “mostram claramente a predominância de fatores humanos nas causas do acidente e nos fatores que contribuíram” para a queda, indicam os cinco especialistas nas conclusões divulgadas hoje pela ‘Reuters’. “Também constatamos que o acidente”, que causou 228 mortes, “poderia ter sido evitado por algumas ações apropriadas da tripulação”, acrescentam. Há, indiscutivelmente, uma culpabilização continuada dos co-pilotos que estavam no cockpit.

1 COMENTÁRIO

  1. Sendo a foto da reportagem do tail traseiro do F-GZCP voo AF477, alguém poderá me explicar o porque das faixas azuis e vermelha estarem a 45º do bordo do leme e na fotografia do avião à saída de CDG serem as mesmas de cerca de 60º?, será o tail recuperado do mesmo A330?

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