Os empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman, sócios do consórcio ‘Atlantic Gateway’ que adquiriu 61% por cento do capital da TAP Portugal, voltaram a reunir-se com representantes do Governo Português.
A reunião decorreu em Lisboa nesta quinta-feira, dia 7 de janeiro, ao fim da tarde, tendo os empresários discutido com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, a proposta governamental que prevê a reversão do negócio fechado entre o consórcio e o anterior Governo da República Portuguesa, então presidido por Pedro Passos Coelho.
“A reunião decorreu de forma muito positiva e as negociações vão continuar”, disse uma fonte governamental, citada pela agência de notícias portuguesa Lusa.
A primeira reunião entre as duas partes decorreu a 17 de dezembro de 2015. À saída desse primeiro encontro, David Neeleman, quando questionado sobre se o consórcio estava disponível para reverter o negócio, afirmou: “Só falámos que a gente vai cumprir com o contrato que assinámos. Foram as condições que aceitámos quando investimos o nosso dinheiro, explicámos isso tudo”.
O empresário Humberto Pedrosa, por sua vez, afirmou na altura que o seu projeto para a TAP “não se adapta” com uma posição de minoria.
No dia seguinte à reunião, a 18 de dezembro, o ministro Pedro Marques afirmou que o processo de recuperação da maioria do capital da transportadora aérea TAP para o Estado deve ser “célere”, não sendo esta vontade do Governo PS “inesperada e nova”.
“Estamos no início de um processo negocial que, de qualquer forma, deve ser célere até para a estabilidade da própria empresa. Não é uma corrida de 100 metros, claramente, mas creio que estamos a fazer bem”, disse, na altura, aos jornalistas.
O acordo de conclusão da venda direta de 61% do capital da TAP foi assinado no dia 12 de novembro entre a Parpública, empresa gestora das participações públicas, e o consórcio ‘Atlantic Gateway’, com a presença de alguns membros do Governo cessante.
