Oito minutos e trinta e cinco segundos depois do foguete especial ‘Spacex Falcon 9’ ter sido lançado para o espaço, nesta manhã de sábado, dia 9 de abril, na Flórida, Estados Unidos da América, o primeiro estágio do engenho regressou à Terra e aterrou com sucesso numa barca que navegava em pleno Oceano Atlântico.
As últimas tentativas de trazer de volta o primeiro estágio à Terra foram acidentadas e resultaram em perdas totais do veículo, ou de acordo com o CEO da SpaceX Elon Musk: “…desmontagens rápidas não previstas do veículo…”
Mas o sucesso estava à porta, um passo gigantesco na exploração espacial foi conquistado.
A Space X demonstrou ser possível trazer de volta o primeiro estágio do foguete onde está toda a sua unidade propulsora, e variados sistemas.
Durante toda a época de exploração espacial humana todos os estágios primários propulsores lançados ou ficavam permanentemente em órbita ou despenhavam-se algures no oceano.
A conquista da Space X revoluciona todo o espectro de exploração espacial, diminuindo os custos de operação, contribuindo assim para uma maior capacidade de colocação de satélites ou veículos de reabastecimento da Estação Espacial Internacional como foi o caso deste lançamento.
É mais barato recuperar, limpar e reequipar as unidades primárias propulsoras que construí-las de novo.
Enquanto a cápsula Dragon iniciava a sua viagem em direção à Estação Espacial Internacional o primeiro estágio do foguete Falcon 9 regressava à Terra.
A primeira missão consistia no transporte de uma cápsula com cerca de 3,175 kg de mercadoria de reabastecimento e de material para experiências científicas para a Estação Espacial Internacional.
Foi também a primeira missão bem sucedida de reabastecimento da Estação Espacial feita pelo projeto Falcon X. Na primeira tentativa uma escora partiu-se dentro do foguete, originando uma rutura no depósito de hélio que foi fatal na descolagem e destruiu todo o veículo e cápsula.
Assim que o Falcon 9 (nome dado ao foguete espacial) colocou em órbita o Dragon (nome da cápsula) e esta estendeu os seus painéis solares, necessários para a sua viagem de dois dias para a Estação, o primeiro estágio do foguete reiniciou as espetaculares manobras para um regresso triunfal à Terra.
Primeiro virou em direção à Terra, depois teve de desacelerar a sua descida, colocar-se na trajetória correta em direção a uma barca flutuante e voltar a ligar os seus motores com a correta proporção de potência de modo a atingir a velocidade óptima para aterrar na barca de seu nome “Of course I Still Love you”, nome com origem na novela espacial de Ian Banks.