Portugal vai realizar uma ação de promoção turística na China entre abril e maio do próximo ano, anunciou o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços de Portugal, Nuno Fazenda, durante uma visita a Macau no passado mês de setembro. Nesta deslocação à Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), no sul da China, o governante português considerou também que a retoma de voos comerciais diretos entre o território da RAEM e Portugal é “pertinente e estratégica” (LINK notícia relacionada).
O governante português indicou que o objetivo é “gerar maior notoriedade de Portugal na China”, estando previsto que decorra em “algumas das principais cidades chinesas, nomeadamente em Pequim, Xangai, Chengdu, Cantão e nas regiões de Macau e Hong Kong”, segundo notícia publicada pelo jornal de língua portuguesa ‘Tribuna de Macau’.
Além deste roadshow, o Governo português vai reforçar a presença na ITB, feira da indústria do turismo dedicada exclusivamente ao mercado chinês, em Xangai, com “o envolvimento de associações e empresas”, nas redes sociais e “tudo isto com um propósito: aumentar a notoriedade de Portugal, enquanto destino turístico, naquele que é o principal mercado emissor de turistas a nível mundial”, disse Nuno Fazenda, que esteve em Macau para participar no Fórum Global de Economia e Turismo.
Antes do início da pandemia, a China era “o principal mercado emissor de turistas” e tem “um enorme potencial de crescimento do turismo na Europa e por conseguinte em Portugal”, acrescentou. Portugal quer marcar “mais presença, maiores contactos com operadores turísticos, maiores contactos com as autoridades oficiais”. A par disso, pretende “reativar e concretizar o protocolo de cooperação entre matéria de formação turística” com o Instituto de Formação Turística, reforçando assim a cooperação bilateral entre Portugal e a China.
Questionado pela agência de notícias ‘Lusa’ sobre as ligações aéreas diretas entre Portugal e a China, Nuno Fazenda disse que não há nenhuma razão para que o tema não seja abordado. “Temos uma região, a Grande Baía, com cerca de 80 milhões de pessoas, e daquilo que tem sido o diálogo com os empresários, quer portugueses, quer com empresários e instituições, parceiros aqui em Macau, afigura-se pertinente e estratégico a existência de uma ligação aérea entre esta região e Portugal”, afirmou.
O secretário de Estado ressalvou, contudo, que isso dependerá da “viabilidade” e “interesse” das companhias aéreas, bem como da “rentabilidade comercial” que possam encontrar. “Daquilo que nós sentimos por parte de empresas do sector nos territórios é que uma ligação aérea entre esta região e Portugal afigura-se estratégica”, reiterou, acrescentando que “naturalmente” fará parte dos diálogos com as autoridades.