Os presidentes executivos (CEO) das empresas são exactamente como qualquer passageiro e as suas bagagens podem perder-se quando voam, mesmo quando são eles a dirigir a empresa. O jornal “Los Angeles Times” noticiou recentemente que Bradley Tilden, CEO da Alaska Airlines, teve de render-se à evidência de que a sua mala tinha sido trocada num voo da companhia para Washington D.C. quando viajou para assistir a uma cimeira. “Os jornalistas estão aqui e espero que não escrevam isto e o publiquem”, disse Tilden no púlpito. Naturalmente, nem todos acataram o pedido de Bradley Tilden, que acrescentou que a Alaska Airlines já tinha perdido a sua bagagem outra vez, há 25 anos. A mala em falta na semana passada não estava perdida e acabaria por ser entregue ao CEO um dia depois.
Mas o mais interessante relativamente a este incidente com a Alaska Airlines é que a transportadora é particularmente orgulhosa com a forma como trata as bagagens. Ao contrário de outras companhias, que pouco ou nada garantem quando uma mala é trocada ou atrasada, a Alaska promete que se a bagagem de porão não está no tapete do aeroporto 20 minutos depois de o avião ter chegado à manga, o passageiro recebe 25 dólares ou um bónus de 2500 milhas. Provavelmente, Bradley Tilden recebeu um destes bónus.
Embora os passageiros se queixem frequentemente da perda ou atraso da sua bagagem, a verdade é que as companhias aéreas fizeram enormes melhoramentos no handling da bagagem de porão. De acordo com um relatório de 2014 do SITA, o rácio de bagagens em falta caiu praticamente 50% ao longo de uma década. Certo é que a razão pela qual há menos bagagens perdidas ou atrasadas é porque os passageiros têm despachado menos malas; ao longo deste espaço de tempo, tornou-se standard para as companhias aéreas cobrar taxas pela bagagem de porão.