Michael O’Leary, presidente executivo do Grupo Ryanair admitiu nesta quarta-feira, dia 21 de dezembro, que é “cada vez mais provável” que o novo centro de treinos para tripulantes das companhias aéreas do grupo, de matriz irlandesa, pode ser instalado em Portugal, e não em Espanha, e apontou uma decisão antes do final de janeiro.
“Está a tornar-se cada vez mais provável que Portugal seja o vencedor, como sempre acontece quando o concorrente é Espanha”, disse o presidente executivo do grupo, Michael O’Leary, em conferência de imprensa virtual, acompanhado pelo presidente executivo da companhia de aviação, Eddie Wilson.
A localização para o novo centro de treinos da companhia aérea ainda não está decidida, mas o responsável apontou que deverá ser anunciada “antes do final de janeiro”.
No início de setembro, Michael O’Leary disse, num encontro com jornalistas, em Dublin, na Irlanda, que a Ryanair quer abrir um novo centro de treinos para pilotos e tripulantes de cabina na Península Ibérica e admitiu que o Porto é uma das hipóteses em consideração.
No entanto, no final de outubro, em Lisboa, Eddie Wilson avançou que a decisão deveria ser tomada nos três meses seguintes e que Madrid se apresentava como uma opção com melhores conexões.
O responsável disse ainda que a empresa estava a analisar a hipótese de abrir instalações em Lisboa para a equipa de tecnologias de informação, que pretende reforçar.
Na mesma ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, disse que a cidade quer estar na corrida para a localização do novo centro de inovação da Ryanair.
“Farei tudo o que puder para que a Ryanair também se estabeleça aqui, mais um centro de inovação em Lisboa, acho que isso é importante, portanto vamos tentar estar nesta corrida”, assegurou Carlos Moedas aos jornalistas, à margem da cerimónia do 20.º aniversário da Ryanair, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, que contou com a presença de vários representantes do setor.
O autarca sublinhou que a concorrência para a localização do novo centro é “entre cidades de toda a Europa” e defendeu que Lisboa “tem de criar essa atratividade”.