Um grupo de 11 sindicatos representativos do setor da aviação civil em Portugal considerou nesta terça-feira, dia 26 de maio, ser urgente a retoma da atividade na TAP, a manutenção dos salários e o fim do lay-off, pedindo reuniões com o Governo e com a transportadora aérea de bandeira portuguesa.
“Consideramos urgente uma solução que permita a retoma da atividade, a proteção dos postos de trabalho, a manutenção dos salários e o fim do regime de lay-off [suspensão dos contratos ou redução do horário de trabalho], neste importante setor da economia nacional”, lê-se num comunicado conjunto do grupo, que esteve reunido para analisar a situação da TAP Air Portugal.
Por outro lado, os sindicatos decidiram, “face à ausência de informação”, pedir com urgência uma audiência com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e uma reunião à Comissão Executiva da TAP e ao Conselho de Administração da transportadora aérea.
Integram este grupo o Sindicato dos Economistas (SE), Sindicato dos Engenheiros (SERS), Sindicato dos Contabilistas (SICONT), Sindicato das Indústrias Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e o Sindicato dos Técnicos de Manutenção da Aeronaves (SITEMA).
Fazem igualmente parte do grupo o Sindicato Nacional dos Engenheiros e Engenheiros Técnicos (SNEET), o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) e o Sindicato dos Técnicos de ‘Handling’ de Aeroportos (STHA).
Na segunda-feira, dia 25, a TAP publicou o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa (LINK notícia relacionada).
Na passada sexta-feira, dia 22 de maio, o Conselho de Administração da TAP decidiu voltar a prolongar o período de lay-off dos trabalhadores até final de junho, justificando com as restrições à mobilidade e a operação reduzida prevista para esse mês (LINK notícia relacionada).
A TAP recorreu, em 2 de abril passado, ao programa de lay-off simplificado, disponibilizado pelo Governo como uma das medidas de apoio às empresas que sofrem os efeitos da pandemia de covid-19, tendo-o posteriormente prolongado até 31 de maio.
A companhia está numa situação financeira agravada desde o início da crise provocada pela pandemia de covi-19, com a operação paralisada quase na totalidade, estando a ser considerada uma intervenção do Estado na empresa.