Operação da TAP em Lisboa neste Verão voltará a sofrer constrangimentos

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“Sabemos que este Verão vai ser bastante difícil e vai ser bastante difícil sobretudo por razões externas à TAP”, como o congestionamento do Aeroporto de Lisboa, disse o presidente do Conselho de Administração da TAP SGPS, em entrevista à agência noticiosa portuguesa ‘Lusa’.

Miguel Frasquilho (que vemos na imagem de abertura, à direita, acompanhado por Antonoaldo Alves, presidente executivo da TAP Air Portugal) reconheceu que “no ano passado tivemos congestionamentos internos que impactaram” a pontualidade e provocaram cancelamentos. A situação, contudo, tem sido colmatada de um modo geral com a contratação de efectivos, segundo acrescentou.

Apesar disso, com o congestionamento do Aeroporto de Lisboa, Miguel Frasquilho realça que “os constrangimentos sentem-se mais” quando aumenta o número de voos e especificou que “foi o que aconteceu no mês de Abril”.

Nesse sentido, “é fundamental que haja – não tendo sido tomada a decisão de ter um novo aeroporto de raiz – (…), num horizonte não muito distante, uma infraestrutura aeroportuária que possa complementar o aeroporto Humberto Delgado”, defendeu Miguel Frasquilho, assinalando que designa o Montijo como o “terminal três”.

“Do ponto de vista da libertação de capacidade aqui no aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa], os terminais um e dois […], é muito importante que o aeroporto complementar, neste caso” no Montijo, “possa ver a luz do dia o mais rapidamente possível”, salientou, acrescentando que espera que a análise do estudo de impacto ambiental seja positiva para que “possa entrar em funcionamento em 2022”, porque de contrário “teremos um problema sério” e “não é só para a TAP, é para o país”.

O chairman da empresa aérea portuguesa disse que há um empenho de várias entidades em resolver a atual situação do Aeroporto de Lisboa e destacou o despacho recente do Governo “autorizando o encerramento formal da chamada pista 13/35, que é uma pista secundária do aeroporto Humberto Delgado, na qual apenas passaram 0,1% dos voos todos realizados no ano passado”.

Miguel Frasquilho assinalou que “o Governo concedeu à ANA [gestora dos aeroportos] um mês para apresentar o calendário de execução das obras”, salientando que é de prever que no Verão de 2020 “possam ser sentidas as melhorias decorrentes desses trabalhos”.

No entanto, avisou, apesar das obras, vai haver “um ponto no tempo, em 2022/2023”, em que a capacidade do Aeroporto de Lisboa “voltará a ficar esgotada”.

E é precisamente nessa altura que vai ser “fundamental” que o complemento do Montijo esteja operacional, sustentou o presidente do Conselho de Administração, que realçou que “a TAP não pensa sair do Aeroporto Humberto Delgado, até porque a maior parte” dos seus voos são de conexão.

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