As autoridades da aviação civil da África Central congratularam-se com o apoio financeiro e técnica da União Europeia para criar regulamentos que facilite os transportes aéreos e a movimentação de pessoas e bens nesta região.
“O principal desafio é, sem dúvida, ajudar a Agência de Supervisão da Segurança Aérea na África Central a melhorar o seu papel na região”, disse o diretor do Instituto da Aviação Civil são-tomense, na abertura, na cidade de São Tomé, capital da República Democrática de São Tomé e Príncipe, dos trabalhos da 7.ª Reunião do Comité de Regulação e a 3.ª do Comité Jurídico para a melhoria do transporte aéreo em África.
“Nós sabemos também que esse é o único quadro que poderá conduzir a resultados – já obtidos por outras regiões do mundo mais desenvolvidos – de melhoria na conectividade aérea inter-regional e contribuir para o crescimento económico no continente”, acrescentou Ineas Sardinha.
Durante quatro dias, representantes de Angola, Burundi, Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro Africana, República do Congo e da República Democrática do Congo (RDC) analisam recomendações e o regulamento sobre a aviação civil da Comunidade dos Países da África Central e discutir também e o futuro da organização.
A União Europeia (UE) financia e dá apoio técnico no quadro dessa comunidade ao projeto ATA-AC que visa a melhoria dos transportes aéreos na África Central
Um projeto que tem três componentes, nomeadamente apoio a criação de uma agência regional, formação de quadros das autoridades da aviação da África central e a elaboração de um plano de ação de remodelação dos principais aeródromos da região.
O evento que decorre até quinta-feira, dia 13 de outubro, está subdividido em várias reuniões paralelas para discutir a elaboração da regulamentação técnica no domínio da licença de pessoal, exploração das aeronaves, navegabilidade das aeronaves e no domínio dos aeródromos.
O delegado da União Europeia neste encontro, Yves Koning, lembrou que São Tomé e Príncipe ainda não se enquadra nestas áreas em discussão.
“Será necessário depois ver como São Tomé e Príncipe poderá encostar-se a essa agência e aproveitar-se dessa regulamentação comunitária. Mas isso é um assunto que requerer reflexão posterior com vista a obter uma solução”, disse.