As autoridades reguladoras de aviação civil da lusofonia querem que o Português passe a ser uma das línguas de trabalho na Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e vão debater o tema num encontroa realizar neste mês de abril na cidade de Maputo, capital de Moçambique, anunciou a organização.
A Comunidade das Autoridades de Aviação Civil Lusófona (CAACL) reúne-se a partir de segunda-feira, dia 10, e até quinta, dia 13, numa reunião em que a presidência rotativa será entregue por Moçambique a Portugal.
O Português está entre os idiomas de trabalho nas Nações Unidas, mas ainda não tem o mesmo reconhecimento na ICAO, que é uma agência especializada da ONU, refere João Abreu, presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique.
“Somos obrigados a traduzir documentos para a nossa língua, porque o direito civil nos nossos países obriga que os documentos estejam na língua oficial”, mas no processo de tradução há aspetos relativos ao conteúdo que se perdem, refere, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
O encontro servirá para trocar experiências quanto ao “alinhamento dos regulamentos, normas e troca de experiências naquilo em que há debilidades de um lado e outro”.
Durante a presidência de Moçambique, a CAACL passou a integrar a área empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“A maior conquista foi aquela que nos permitiu estar a dialogar com a CPLP”, referiu João Abreu.
Aquele responsável destaca ainda a aposta em formação e a criação de uma biblioteca disponível no portal do IACM, onde é partilhado todo o acervo de documentação técnica, bem como as experiências dos países.
A CAACL foi constituída em 2 de novembro de 2007 e assume-se como um fórum de reflexão e concertação para o sector da aviação civil nos países lusófonos.
Uma das linhas de ação da comunidade passa por eliminar assimetrias e tentar fazer com que todas as autoridades de aviação civil tenham um denominador comum na regulamentação disponível.
Iniciativa interessante. Espero que as conclusões da conferência se venham a concretizar e não passem por meras intenções sem qualquer efeito prático…..