Parlamento dos Açores pede ao Tribunal de Contas uma auditoria às contas da SATA

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A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores pediu à secção regional do Tribunal de Contas “uma auditoria às contas do grupo SATA, relativa ao período compreendido entre 2009 a 2013”, noticia hoje o ‘Jornal de Negócios’ na sua edição online.

Os deputados regionais dizem haver falta de informação sobre a situação financeira do grupo aéreo açoriana, que tem duas companhias, uma responsável pelas ligações inter-ilhas do arquipélago (SATA Air Açores), também com voos para as ilhas da Madeira e das Canárias, no Atlântico, e outra, (SATA Internacional) com aviões a jacto Airbus A320 e A310-300 para o médio e longo curso, respectivamente. Esta última companhia assegura as rotas regulares da SATA para o continente português e diversos aeroportos de cidades europeias com maior potencial turístico para as ilhas açorianas e para a América do Norte (EUA e Canadá), para aeroportos de cidades onde se concentram as maiores colónias de emigrantes oriundos das ilhas.

O grupo SATA apresentou um prejuízo de 15,75 milhões de euros em 2013. Na consulta ao relatório e contas vê-se que a SATA Air Açores teve um prejuízo pelo exercício desse montante e a SATA Internacional de 12 milhões de euros.

“Considerando que o anúncio de um prejuízo tão avultado exige uma explicação clara, convincente, profunda e séria por parte da tutela da companhia, o que ainda não sucedeu”, acrescentam os deputados, que falam ainda em “artíficios contabilísticos que evitaram que os capitais próprios resvalassem para terreno negativo, lançando fortes dúvidas das entidades independentes com responsabilidades pela certificação e auditoria das contas”.

Na análise ao relatório verifica-se que o auditor levanta três reservas, nomeadamente dizendo não ter recebido informação suficiente sobre as provisões e a reversão feita em 2013. Também é por falta de informação que o auditor coloca em reserva os valores registados pela companhia como receita de transporte cujos documentos ainda estão pendentes de voo. E por fim em relação aos capitais próprios é o próprio auditor que explica que a SATA alterou as políticas contabilísticas no registo da frota de aviões. Essa alteração aumentou o capital próprio em sete milhões. O auditor diz que não só não foi justifica a alteração contabilística como não foi reescrita para 2012.

Os deputados açorianos acrescentam ainda que as justificações do secretário regional do Turismo e do presidente da SATA não foram suficientes, até porque se espera também prejuízos em 2014, lê-se na resolução da Assembleia Regional que está esta terça-feira, 19 de Agosto, em ‘Diário da República’.

Estas são as bases para o pedido de auditoria por parte do Tribunal de Contas, considerando que o anúncio de um prejuízo tão avultado exige uma explicação clara, convincente, profunda e séria por parte da tutela da companhia, o que ainda não sucedeu.

 

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