Uma viagem de ida e volta para o Brasil em classe executiva da TAP Portugal custa desde ontem, dia 15 de Abril, mais 90 euros devido ao aumento da sobretaxa de combustível, que o porta-voz da companhia esclareceu ao PressTUR decorrer de um alinhamento com as suas congéneres que já diferenciam a sobretaxa de combustível consoante as classes. Fontes das agências de viagens portuguesas avançaram ao ‘PressTUR’ que foram avisadas no dia 10 da decisão da TAP de “alterar os valores da taxa YQ [sobretaxa de combustível] aplicáveis nas tarifas de classe Executiva em voos internacionais”.
Essa informação indicava ainda que a “efectividade destas alterações será para emissões e viagens a partir de 15 de Abril de 2014” e sublinhava ainda que “os valores da taxa YQ aplicáveis em todas as tarifas de classe Económica, bem como nas tarifas de classe Executiva em voos domésticos, mantêm-se inalterados”.
Uma consulta ontem ao website da companhia mostrava que a sobretaxa dos bilhetes em executiva em rotas intercontinentais como o Rio de Janeiro, Nova Iorque, Luanda, Maputo ou Recife estavam com 420 euros de sobretaxa de combustível ida e volta, enquanto para as tarifas em económica se mantinha a sobretaxa de 330 euros, que era o montante também antes aplicado aos bilhetes de executiva, embora para Nova Iorque o ‘PressTUR’ tenha encontrado os valores de 307 euros, combinando tarifas Classic e Basic e 284 euros duas tarifas Basic.
No caso dos voos entre Lisboa e Paris ou Madrid, a sobretaxa para viagens em executiva era de 100 euros, quando em tarifas Basic era de 86, enquanto para Moscovo, a mais longa das rotas de longo curso, em executiva era 140 euros e em Basic era 130 euros e para Estocolmo era 108 em executiva e 94 em económica.
Esta diferenciação não é propriamente inédita na aviação, pois várias companhias já estão a aplicar o conceito de quem mais espaço ocupa e mais peso pode transportar, mais combustível gasta e, portanto, mais tem que pagar em sobretaxa.
“Esta diferenciação reflecte um melhor rigor no nível de YQ afecto ao próprio passageiro”, afirmou ao ‘PressTUR’ o porta-voz da companhia, sublinhando que é assim “porque se associa aos passageiros que viajam no compartimento de executiva um maior peso face aos da classe económica”, nomeadamente ao nível das bagagens e serviço a bordo (catering, cadeira, revistas, etc.).