O tráfego de transferência, que é potenciado pela existência do hub da TAP, foi o segmento com o crescimento mais forte no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa, no primeiro trimestre deste ano, com uma subida em 47,2% pela qual acabou por fazer 45,8% do aumento de passageiros, embora a sua quota do tráfego total seja de apenas 25 por cento.
Dados do Aeroporto de Lisboa a que o ‘PressTUR’ teve acesso indicam que apesar dos efeitos de calendário desfavoráveis, como menos um dia em Fevereiro e Março sem Páscoa, ao contrário de 2016, o tráfego comercial cresceu 21,2% no primeiro trimestre, significando um aumento em 905,8 mil passageiros, com o qual foi ultrapassada a marca dos cinco milhões de passageiros, somando um total de 5,18 milhões.
O maior contributo para esse total é, naturalmente, do chamado tráfego ponto-a-ponto, referindo-se, como indica o Aeroporto, aos “passageiros que começam e acabam a sua viagem no aeroporto em questão”, como é a maioria dos que voam em ligações intra-europeias.
Esses voos somaram 3,88 milhões de passageiros no primeiro trimestre, com um aumento em 14,5% ou 490,1 mil relativamente ao período homólogo de 2016.
Somando bastante menos passageiros, o tráfego de transferência —“passageiros que chegam, ao aeroporto ou aeródromo, numa aeronave com um determinado número de voo, e partem, num lapso de tempo determinado não superior a 18 horas […] nessa mesma aeronave ou noutra, mas com diferente número de voo, ou noutra aeronave com o mesmo número de voo, salvo se a mudança de aeronave for devida a problemas técnicos e cujo destino não seja o aeroporto de origem”, de acordo com a definição do Aeroporto — teve porém um aumento em 47,2% ou 415,2 mil passageiros, e ultrapassou a marca de um milhão, somando 1,295 milhões.
Assim, enquanto no primeiro trimestre de 2016 o tráfego de transferência representada cerca de um quinto (20,6%) do total de passageiros de voos comerciais, este ano chega a um quarto (25%).
Essa evolução está associada à recuperação do tráfego intercontinental, o qual terminou o primeiro trimestre com um aumento de passageiros em 26,3% ou 201 mil, para 965,5 mil, impulsionado, principalmente, pelos crescimentos nas ligações com os Estados Unidos (+136,1%), a recuperação do Brasil, que já apresentou crescimento (+15,8%), bem, como o aumento em voos de/para África (+34,6%).
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