O mercado de helicópteros mais movimentado do mundo sofreu uma queda vertiginosa. Fruto da crise económica no Brasil os voos em São Paulo, cidade sobejamente sonhecida pela quantidade de heliportos no topo dos arranha-céus, cairam um terço.
Com a chegada de uma recessão, que os especialistas acreditam ser a mais profunda desde os anos 1930, os voos de helicóptero começam a ser supérfluos e pela primeira vez em três décadas a frota do Brasil destas aeronaves deverá registar um decréscimo. Esta retração acontece após cinco anos de expansão, fruto da exploração do petróleo e da procura dos milionários por este tipo de voos.
Os helicópteros são utilizados como táxis aéreos em São Paulo e no Rio de Janeiro, numa frota combinada que ultrapassa as 360 unidades, contra as cerca de 215 registadas em todo o estado norte-americano de Nova Iorque, isto segundo dados da consultora americana JetNet LLC. Segundo estatísticas da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero e da Administração Federal da Aviação dos EUA, os helicópteros compõem 14% da frota brasileira de aeronaves civis, valor três vezes superior ao observado nos EUA.
A Helimarte, uma empresa de aluguer de helicópteros, viu os seus negócios cairem 40% (para 300 horas de voo por mês). Um voo de 12 minutos entre os distritos comerciais de São Paulo e o Aeroporto Internacional de Guarulhos custa num Robinson 44 para até três passageiros cerca de 730 euros.
Com a crise deverá surgir também o desemprego, numa altura em que se espera que saiam das escolas de aviação mais 500 pilotos de helicópteros a quem o curso custou cerca de 24 mil euros, ou 100 mil reais.
Fonte : Exame
Foto : Helimarte