A representação de Pequim em Macau propôs na quinta-feira, dia 6 de abril, o investimento da Região Autónoma Especial de Macau (RAEM), em voos diretos com os países de língua portuguesa, escreve nesta sexta-feira, o jornal ‘Hoje Macau’.
“A ideia é usar a situação privilegiada do território para multidestinos turísticos”, escreve a jornalista Sofia Margarida Mota, que adianta que “Governo Central quer ainda estabelecer mecanismos de ajuda na criação de um produto turístico próprio”.
Macau, território situado no Delta do Rio das Pérolas, que esteve sob administração portuguesa durante 442 anos, e que retornou à China em dezembro de 1999, deve estudar a possibilidade de ter voos diretos entre o território e os países de língua portuguesa. O recado foi deixado pelo subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central, Yao Jian, na reunião anual de 2017 da comissão conjunta de trabalho para impulsionar a construção de Macau num centro mundial de turismo e lazer.
“Macau é uma plataforma importante entre a China e os países de língua portuguesa e, por isso, devem ser desenvolvidas atividades que envolvam o intercâmbio entre o Continente e estes países”, disse o responsável. Para o efeito, “deve estudar a possibilidade de explorar voos diretos com os países de língua portuguesa, de modo a atrair mais visitantes destes países para o território e, ao mesmo tempo, dar oportunidade a estes turistas para que possam transitar para outros destinos na China”, explicou.
No final da reunião, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, não acrescentou qualquer informação acerca da vontade do Gabinete de Ligação, sendo que, garantiu, seria uma iniciativa acarinhada pela sua tutela. “É uma boa ideia, mas é necessária ainda uma análise. Não falámos dela durante a reunião, o que não significa que não a vamos desenvolver no futuro”, afirmou.