O SNPVAC, sindicato que representa trabalhadores de cabina da TAP, divulgou hoje uma tomada de posição a desincentivar os passageiros de voar na companhia pelo menos neste Verão, pois, segundo diz, o seu serviço “só vai piorar”.
“O serviço prestado neste Verão só vai piorar porque os trabalhadores não são suficientes para a frota actual, agravando-se com as novas linhas e os novos aviões, que ainda não estão operacionais”, lê-se numa declaração atribuída à Direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
O comunicado começa, aliás, por dizer que “a data indicada pela TAP, 1 de Julho, para normalização dos voos não é viável e que a situação só tenderá a agravar-se ao longo do Verão, sendo este um erro de gestão da administração da companhia aérea”.
Segundo o comunicado, “os problemas começaram no início deste mês e tornaram-se visíveis com o aumento de passageiros nesta altura do ano” e, acrescenta nova citação da Direcção do Sindicato, “a raiz do problema é a má gestão da tutela e da administração da TAP, que uma vez mais não acautelaram atempadamente a operação de Verão”.
“Este é um problema recorrente desde há vários anos, sem que a empresa se mostre empenhada em encontrar definitivamente uma resolução para a sua operação. Os passageiros para além de sofrerem com atrasos e cancelamentos ainda estão sujeitos a não ter a qualidade a bordo a que estão habituados”, acrescenta a citação.
Também segundo o comunicado, a Direcção do SNPVAC considera que “a TAP está a operar no limite em termos de frota e de trabalhadores, e ao minuto, o que faz com que um contratempo comum, como um atraso num voo, prejudique toda a operação e não haja capacidade de resposta” porque “o número de trabalhadores é insuficiente, não só de tripulantes de cabine, como de pilotos e até mesmo de pessoal da manutenção de aeronaves”.
O comunicado, que não refere, porém, o impacto do incidente que paralisou por alguns dias um Airbus A330 em Belém, diz ainda que “estão a decorrer consecutivos fretamentos, de aviões com tripulantes técnicos e comerciais, a outras companhias aéreas, inclusive à Ibéria, que tinha declarado guerra à TAP desde que esta entrou na América Latina”, uma informação que não transpareceu em qualquer comunicação da companhia espanhola ou da sua holding, o IAG.
- Notícia publicada pela agência de notícias de turismo e viagens ‘PressTUR’