O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e o grupo aéreo SATA, dono das companhias SATA Air Açores e Azores Airlines, alcançaram na terça-feira, dia 17 de agosto, um acordo de princípio, disse Bruno Fialho, porta-voz sindical, em declarações à agência de notícias portuguesa Lusa.
“O resultado da reunião foi um acordo de princípio no qual a SATA compreendeu algumas das motivações dos nossos associados, nós também compreendemos a situação em que a SATA foi deixada e, portanto, numa otimização de esforços, em conjunto, vamos iniciar as negociações do acordo de empresa em setembro”, afirmou Bruno Fialho.
Sobre o acordo de princípio, o porta-voz dos trabalhadores referiu que o sindicato “apenas reivindicava melhores condições de trabalho e melhor gestão”, sustentando que, “a nível da gestão, foram aceites por parte da empresa alguns dos pontos” que se considerava que estavam “não tão otimizados”, embora sem especificar.
Bruno Fialho esclareceu que o acordo escrito vai ter de ser “devolvido ao sindicato” para ser apresentado na sexta-feira, dia 19, aos associados na assembleia geral agendada para esse dia. “Estou sempre satisfeito desde que a SATA não seja prejudicada e melhore a sua prestação”, salientou.
Questionado pela Lusa se está afastada a possibilidade de greve, Bruno Fialho declarou que neste momento esse cenário não se coloca. “Se amanhã a empresa decide algo completamente contrário ou diz o dito por não dito, isso é uma forma de luta que os trabalhadores têm. Neste momento, está afastada (a greve) para a direção do sindicato, no entanto vamos ver qual é a atuação que a empresa tem”, adiantou.
O presidente do conselho de administração do Grupo SATA, Paulo Menezes, por seu lado, confirmou o acordo de princípio e o início, em setembro, das negociações do acordo de empresa.
“Chegar a acordo é sempre bom desde que todas as partes considerem que foi um bom acordo”, disse Paulo Menezes, realçando que “o importante é garantir a sustentabilidade da empresa, e continuar a trabalhar para o seu crescimento e sucesso com a satisfação dos trabalhadores”.
No passado dia 4 de agosto, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, que representa cerca de 200 tripulantes de cabina do grupo aéreo açoriano, deu dez dias à administração para a resolução de questões pendentes, admitindo na ocasião tomar medidas de protesto, não estando excluída a greve.