Peter Hill será o novo presidente da TAAG – Linhas Aéreas de Angola

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Peter Hill, um veterano da aviação comercial, com grande experiência em companhias de primeiro plano mundial, nomeadamente na área geográfica do Médio Oriente e da Ásia, deve ser nomeado nos próximos dias para as funções de Presidente do Conselho de Administração da TAAG – Linhas Aéreas de Angola. Para as funções de vice-presidente executivo transitará o actual presidente, Joaquim Teixeira da Cunha.

A nomeação de Peter Hill surge na sequência da entrada em funcionamento do protocolo assinado em setembro do ano passado, no Dubai, entre o Governo da República de Angola, único accionista da TAAG, e a Emirates Airline, um dos gigantes da aviação mundial, para uma parceria estratégica que pretende recuperar e reestruturar a companhia aérea nacional deste país africano. O acordo teve algumas dificuldades em implementar-se por circunstâncias não divulgadas oficialmente, mas que fontes relacionadas com o sector da aviação comercial em Angola atribuem à excessiva influência política que o accionista Estado Angolano pretendia continuar a ter na empresa, o que não era encarado da mesma forma pelos árabes.

Consta que essas dificuldades estarão definitivamente ultrapassadas e o caminho está aberto para ser iniciado o trabalho que deverá mudar radicalmente a TAAG, não só na sua forma de estar no mercado e de operação, como também no seu regime de ‘governance’.

A chegada dos novos administradores a Luanda verificou-se no passado domingo, dia 13 de setembro, conforme confirmou à Rádio Nacional de Angola (RNA), o actual presidente do Conselho de Administração da TAAG, Joaquim Teixeira da Cunha, que referiu que os novos administradores executivos devem tomar posse em breve, ao abrigo do acordo assinado no Dubai em 2014 entre o Governo e a Emirates. “Os acordos que o Governo assinou em 2014 começam agora a ser executados com a integração dos quatro administradores da Emirates”, disse, acrescentando que a direcção, além dos quatro executivos da Emirates, integra um administrador angolano com poder executivo e quatro não executivos.

Uma notícia publicada pelo ‘Jornal de Angola’, que cita estas declarações, observa que Joaquim Cunha esclareceu que o novo Conselho de Administração da TAAG vai trabalhar de acordo com a legislação angolana e, por isso, os interesses do país ficam salvaguardados. “Eles vão trabalhar com os angolanos de acordo com a legislação angolana”, sublinhou o responsável da companhia aérea de bandeira angolana.

Na mesma notícia do ‘Jornal de Angola’ Joaquim Cunha é citado como tendo afastado a possibilidade de despedimentos com a entrada em funções da nova direcção da companhia de bandeira nacional. “O despedimento dos trabalhadores tem sido uma questão muito pertinente. A TAAG tem de facto um número elevado de trabalhadores, mas não temos uma estratégia de demissão de funcionários”, afirmou.

 

Peter Hill já foi presidente da SriLankan e da Oman Air

Peter Hill, o mais credenciado dos quatro técnicos que chegaram no domingo passado a Luanda, para ocupar os quatro lugares no Conselho de Administração da TAAG, é reconhecido a nível mundial como um reputado especialista na indústria da aviação.

No seu currículo constam diversas posições de chefia, umas das quais na SriLankan Airlines, quando esta foi gerida pela Emirates, lugar a que ascendeu depois de um ano como consultor na companhia asiática. Uma passagem que foi, contudo, acidentada, e que levou à sua demissão, depois de um episódio bastante polémico ao tempo e que foi muito relatado nos média. Foi no ano de 2007, quando Peter Hill, então CEO da SriLankan, recusou lugar ao Presidente Mahinda Rajapaksa e sua comitiva num voo que se encontrava completamente vendido e, por isso, sem lugares vagos. Tratava-se de uma deslocação de carácter privado, mas a verdade é que a afronta valeu a Peter Hill o cancelamento do seu visto de permanência no Sri Lanka e teve de deixar o país no final desse ano.

No ano seguinte Peter Hill, que começara a trabalhar com o Grupo Emirates em 1978, partiu para novo desafio e foi nomeado presidente do Conselho de Administração da Oman Air, no Sultanato de Omã, de onde saiu em Dezembro de 2011.

Tem feito diversos trabalhos de consultadoria para grandes grupos mundiais de aviação e nomeadamente para companhias aéreas árabes, onde continua a ser muito considerado.

 

Administradores não-executivos angolanos

Segundo conseguiu saber o portal ‘NewsAvia’ os quatro elementos angolanos que estão indicados para ocuparem posições no novo Conselho de Administração da TAAG como administradores não executivos são: Mário Henrique Von Haff, consultor de empresas, que entre 1991 e 1994 foi director-geral adjunto da TAAG e com experiência na indústria da aviação; Luís dos Santos, actual administrador-executivo da TAAG; Adelaide Godinho, advogada e directora do Gabinete Jurídico da TAAG; e Arlindo Silva, cuja actividade actual não conseguimos apurar.

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