A Sonangol, petrolífera estatal angolana, que é dona de uma companhia aérea no País, admite que “não é altamente provável” a privatização do segmento “non core” agora, “uma vez que os ativos não se encontram para venda imediata”. O Relatório e Demonstrações de Resultados do exercício de 2018 da petrolífera não mostram as contas individuais destas empresas de sectores como a aviação ou a saúde.
Há três anos consecutivos que o conjunto de empresas que representam as atividades não nucleares da Sonangol estão a acumular prejuízos, que já rondam os 1.076 milhões de dólares norte-americanos, de acordo com contas do jornal económico angolano ‘Expansão’ com base nos relatórios e contas da petrolífera.
As atividades “não nucleares” do Grupo Sonangol englobam serviços de aviação, saúde, formação, gestão imobiliária, telecomunicações e outros investimentos financeiros considerados “non core”, empregando 1.843 trabalhadores.
Entre essas atividades “não nucleares” encontra-se a Sonair – Serviços Aéreos, empresa que, além de prestar serviço no transporte de executivos e trabalhadores da Sonangol para locais de exploração, com uma frota de aviões ligeiros e helicópteros, tem ainda uma componente de aviação comercial para transporte de passageiros com uma frota de duas aeronaves de médio curso Boeing 737-700 e 13 aviões turboélices Beechcraft 1900D, segundo a descrição do site ‘Airfleets.com’ que acompanha a evolução das frotas das companhias aéreas mundiais.
- Foto © Tony Mangueira Fernandes