O piloto que ajudou a salvar os 169 passageiros do avião da British Airways em chamas no aeroporto de Las Vegas, no passado dia 9 de Setembro, criticou-os por voltarem atrás para recuperar a sua bagagem de mão. Os passageiros foram evacuados pelas mangas insufláveis do Boeing 777-200 e não sofreram ferimentos. O avião estava a rolar a uma velocidade entre 40 e 100 milhas por hora (64 e 160 km/h), preparando-se para descolar para uma viagem de 10 horas em direcção a Gatwick, no Reino Unido, quando o comandante travou a fundo. A British Airways comentou que o incidente aconteceu depois de o aparelho ter “registado um problema técnico”.
Chris Henkey, de 63 anos, efectuava o penúltimo voo da sua carreira de 42 anos na British Airways antes da reforma. Confessou que se sentiu “embaraçado” com a atenção de que foi alvo por parte dos media após a evacuação do avião, “porque não é só sobre uma pessoa que os jornais devem estar focados, mas também nos outros dois pilotos, mais dez membros da tripulação de cabina, que são todos heróis de certa maneira”, frisou numa entrevista à cadeia de televisão ITV News.
No entanto, Chris Henkey alertou para o facto de que seria necessário que as tripulações pudessem bloquear as bagageiras da cabina em situações semelhantes para prevenir que alguns passageiros voltem atrás para ir buscar os seus pertences. “Não só neste caso como em qualquer um em que a tripulação de cabina está a tentar tirar os passageiros rapidamente do avião, é óbvio que estes não podem levar as suas bagagens consigo”, afirmou numa entrevista à LBC Radio. “O que eu penso irá acontecer no futuro é que as bagageiras serão trancadas e permanecerão como tal até o avião aterrar”, acrescentou.