Algumas centenas de pilotos da TAP, que não estavam escalados para voar na manhã desta terça-feira, dia 2 de agosto, manifestaram-se na área exterior do Aeroporto Humberto Delgado/Lisboa, em protesto contra o que consideram ser “atropelos e injustiças” dos atuais responsáveis pela gestão da maior companhia aérea portuguesa. Empunhavam diversos cartazes alusivos à situação.
Os canais televisivos nacionais e a agência de notícias ‘Lusa’ indicam que estiveram presentes mais de 400 pilotos, alguns deles também reformados, que, desta forma, manifestaram a sua solidariedade com os seus colegas no ativo, que protestaram em silêncio numa marcha simbólica entre o Terminal de Tripulações do Areeiro (TTA) e o Campus da TAP.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) convocou a manifestação dirigida aos trabalhadores que não se encontravam ao serviço. Em causa, segundo o SPAC, estão as recusas do Conselho de Administração da TAP Air Portugal para a realização de reuniões de trabalhadores.
O objetivo da manifestação é demonstrar insatisfação face aos “atropelos, injustiças e à forma como a administração e a tutela têm gerido a empresa e a relação laboral com os pilotos”, de acordo com o sindicato.
Comunicado da TAP distribuído na hora da manifestação
Entretanto, a TAP distribuiu na manhã desta terça-feira, dia 2 de agosto, pouco depois do início da manifestação, um lacónico comunicado de imprensa, que, naturalmente, se relaciona com esta ação dos pilotos da companhia aérea, embora a empresa não o refira, no qual se pode ler:
“A TAP lamenta não ter ainda chegado a um acordo com os seus Pilotos, essenciais à Companhia, e mantém-se empenhada em encontrar soluções que permitam garantir a sustentabilidade da empresa e de todos os seus trabalhadores.”
- Foto de abertura © Reprodução de reportagem direta da CNN Portugal – 02 de agosto de 2022