Um tribunal da República Dominicana determinou a prisão preventiva até três meses de três de quatro pilotos venezuelanos, acusados de tentar levar do país um avião que está arrestado num processo de investigação de fraude milionária.
A notícia foi divulgada ontem à tarde pela imprensa de Caracas, que publica um despacho da agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).
Segundo Julio Peña, advogado dos pilotos, estes só tinham sido contratados para descolar a aeronave Cessna 550, registo N61MA. “Não tínhamos conhecimento de que o avião estava impedido de descolar por decisão judicial”, acrescentou o advogado quando falava aos jornalistas à saída do tribunal que decidiu prender os pilotos.
Os quatro pilotos venezuelanos e dois técnicos dominicanos foram detidos no fim-de-semana passado quando os pilotos estavam já em manobras de retirada do Cessna de dentro do hangar onde estava recolhido, no Aeroporto Joaquín Balaguer, a norte da capital. O destino do avião seria Venezuela, refere a AP.
Segundo a acusação formulada pelo Ministério Público e presente a juiz, os pilotos e os técnicos usaram mecanismos fraudulentos para mobilizar a aeronave.
O advogado Julio Peña assegurou aos jornalistas que até o proprietário da aeronave, o venezuelano José Basile, não sabia que o seu avião estava integrado nos bens penhorados pelas autoridades dominicanas.
Basile esteve na audiência do tribunal que decidiu colocar os pilotos em prisão preventiva, e reclamou a inocência do pessoal técnico que ele próprio contratara para aquela operação. No entanto, a juíza de turno decidiu aceitar a solicitação do Ministério Público que foi de manter os suspeitos à ordem do Tribunal enquanto decorrem as investigações. Por isso ficaram detidos.